quarta-feira, maio 28, 2014

Marco Civil x Facebook


Essa é para pensar... Marco Civil pode acabar com o acesso gratuito ao Facebook no celular? Veio do IDGNow:

Imagine você: a partir de 23 de junho, boa parte dos 30 milhões de brasileiros que acessam o Facebook diariamente através do celular, podem ficar em situação irregular, ao menos até que sejam regulamentadas, por decreto, as exceções à neutralidade de rede como definida no Marco Civil da Internet. Isso porque, na opinião do autor da lei, deputado Alessandro Molon, e alguns advogados, inclusive da consultoria legislativa do Senado Federal, o Marco Civil proíbe o acesso gratuito a determinados serviços na Internet.

Mas há controvérsia.

Na prática, o acesso gratuito ao Facebook no celular tem colocado em lados opostos não só os defensores do princípio da neutralidade de rede e as teles, como também muitos advogados, em meio a uma verdadeira guerra de interpretações do texto legal.

As argumentações são bem fundamentadas e revelam muitos aspectos desse complexo mundo das redes de telecomunicações e da Internet.

Vejamos.

Atualmente, a maioria das operadoras móveis oferecem acesso gratuito ao Facebook pelo celular como bônus do pacote de voz. O consumo de dados para acesso ao Facebook a partir desses aparelhos não é cobrado em nenhuma das pontas: nem do Facebook, nem do usuário final. Uma das razões pela qual a Vivo não concordou em oferecer a gratuidade para seus clientes, de acordo com Erick Mello Senra Rodrigues, gerente de Estratégia Institucional e Regulatória da companhia.

“Daqui a pouco um outro provedor de serviços decide que ele também tem o direito do acesso gratuito ao conteúdo dele, porque se o Facebook, o Twitter ou outros têm, ele também tem, por uma questão concorrencial. E a gente acha que se a gente defende que a infraestrutura de rede tem que ser paga, por uma questão de princípio, não podemos dar gratuidade, a menos que o Facebook tope pagar pelo que o usuário está deixando de pagar. Se o Facebook pagar a gente topa”, me explicou o executivo da Vivo esta semana, durante uma café da manhã da TelComp (Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Competitivas) que debateu o Marco Civil.

O modelo defendido pela Vivo se assemelha muito com o que o acordo fechado entre a Comcast e a Netflix nos Estados Unidos, temido por todos aqueles que defendem a neutralidade de rede, por flexibilizar a neutralidade na ponta do provedor de aplicação. Na prática, o que a Netflix fez foi criar uma rede IP direta, passando por dentro da Internet, para que o seu conteúdo chegue mais rápido ao usuário final da Comcast, segundo as duas empresas, sem que haja necessidade de a Comcast reorganizar o tráfego para priorizar os pacotes da Netflix em detrimento dos pacotes do YouTube ou do Hulu, por exemplo.

Mas, segundo o executivo da Vivo, não é isso que acontece com o Facebook gratuito. “O acordo com o Facebook é simplesmente um acordo comercial. Não tem priorização de tráfego. O tráfego de dados simplesmente não é cobrado”, explica.

Razão pela qual, no entendimento do advogado Renato Opice Blum, durante palestra no evento da Telcomp, o acesso gratuito ao Facebook não fira a neutralidade de rede, conforme argumenta Carlos Eduardo Elias de Oliveira, do Núcleo de Estudos e Pesquisas da Consultoria Legislativa do Senado Federal.

“O Marco Civil proíbe a degradação ,discriminação, distinção do tráfego, salvo por questões técnicas. A distinção pode decorrer de acordos comerciais que deem uma condição mais favorável aos players, desde que não haja prejuízo para o consumidor final, o internauta. Portanto, eu posso fazer um acordo comercial com o Facebook e dar o acesso de graça em um plano de voz”, afirma Opice Blum. “Não tem nada no Marco Civil que impeça esse tipo de acordo”.

O consultor jurídico do Senado, reconhece que “a oferta gratuita de acesso à determinada aplicação é uma estratégia de marketing, pois evidentemente tanto o provedor de conexão, que amplia sua base de usuários e o volume de tráfego por suas redes, quanto o provedor de aplicações, que incrementa o potencial publicitário de seu serviço, têm benefícios econômicos indiretos por essa oferta”. Mas argumenta que “ao estimular o acesso a determinada aplicação (como o Facebook), o provedor de conexão viola o princípio da neutralidade de rede, pois privilegia o conteúdo de uma aplicação em detrimento de outro, redirecionando (ou estimulando o redirecionamento) o internauta a determinada aplicação”.

“A gratuidade do Facebook não impede o usuário de acessar o site X, Y, Z, caso o usuário tenha um pacote de dados. Apenas não desconta o acesso ao Facebook da franquia de dados”, argumenta Opice Blum. “O acesso gratuito ao Facebook é uma condição comercial especial”, argumenta o advogado. “O que o artigo nono diz é que ninguém vai poder escolher o que o internauta vai acessar. Não posso proibir o acesso”, afirma Opice Blum. Dar de graça não é proibir o acesso a outros sites.

Retórica que, com certeza, será usada nos tribunais para defender a gratuidade. Outra, certamente, será a baseada no argumento da inclusão digital. O próprio CEO do Facebook lançou mão dele, este ano, durante o Mobile World Congress, para tentar convencer as operadoras de telefonia a embarcarem no projeto Internet.org.

A proposta do Facebook é a de que as operadoras móveis façam parcerias para oferecer acesso gratuito a “um conjunto de serviços básicos”, como a Wikipedia e a própria rede social. Zuckerberg gostaria de ver todas as operadoras oferecendo acesso barato ou até gratuito a determinados serviços. Assim, na opinião do CEO da rede social, fomentariam a compra de seus serviços de conexão para outros fins. “A remuneração viria com o interesse desses usuários em novos produtos”, disse Zuckerberg durante o Congresso.

Aqui no Brasil, todas as vezes que o usuário do acesso gratuito ao Facebook clica em um link na rede social que leva a páginas fora dela, recebe uma mensagem alertando que a partir do momento que concordar em sair da rede social a navegação fará uso de um plano de dados ativo, porque o acesso será cobrado.

Ora, se o provedor de conexão só dará privilégio a uma determinada aplicação (como o Facebook) em detrimento de outra (como o Youtube) isso não é admitido, afirma o consultor jurídico do Senado ao interpretar o Marco Civil. “Aliás, isso viola até mesmo a natureza plural e livre da internet”, afirma o parecer assinado por Carlos Eduardo Elias de Oliveira. “Se os provedores de conexão puderem manipular o acesso dos internautas a determinadas sites, a natureza plural da internet será comprometida”.

A briga vai ser boa. Um decreto a ser emitido pela Presidente da República, com prévia oitiva da Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL) e do Comitê Gestor da Internet do Brasil (CGI.br), especificará os casos que excepcionarão o princípio da neutralidade de rede. O acesso gratuito a determinadas aplicações via plano de voz estará entre as exceções? Precisa estar para ser proibido ou legitimado?

Outro motivo de discórdia é a venda de planos com franquia de dados. De acordo com o parecer do Senado, essa prática é legítima. O acesso gratuito ao Facebook é uma franquia de dados?

Cenário mais temido

Qualquer brecha no princípio de neutralidade de rede, por menor que seja, preocupa os ativistas digitais. Mas o cenário mais temido é, sem dúvida, o defendido pela Vivo: o Facebook pagando pelo consumo de dados dos usuários. O próprio parecer do Senado parte do princípio de que a a oferta privilegiada ao Facebook é feita por meio de uma velocidade de conexão mais célere, ainda que sob o pretexto da gratuidade. O que não é o caso.

Hoje, para a oferta gratuita do Facebook, há distinção dos pacotes? Há. Mas segundo os técnicos, apenas para não cobrar pelo seu tráfego na rede. Não há nenhuma priorização do tráfego, como acontece no acordo entre Netflix e Comcast.

Mas, a exemplo do que acontece agora com a FCC (Federal Communications Commission, a Anatel norte-americana), a equipe por trás da redação do Marco Civil chegou a receber propostas das teles para que esse tipo de arranjo ficasse explícito e a neutralidade não valesse para redes IP dentro de redes IP. Mas opção dos elaboradores do Marco Civil foi foi encarar a rede menos do ponto de vista estritamente técnico e mais do ponto de vista da oferta do serviço ao consumidor, para evitar brechas que possam liberar os provedores de conexão a darem tratamento preferencial ao tráfego de algumas empresas de conteúdo, desde que esses acordos estejam disponíveis a todas as empresas interessadas, em termos “comercialmente razoáveis”.

Nos Estados Unidos, o próprio Facebook se posicionou contra o modelo proposto pela Vivo, em análise na proposta de regulamentação da neutralidade de rede a ser encaminhada pela FCC ao Congresso americano, em breve.

Aqui a torcida agora é para que, de fato, a regulamentação das exceções à neutralidade de rede seja feita de forma aberta e participativa. Só um debate aberto e estruturado ajudará a delinear os limites, sem prejuízo dos usuários.

As operadoras brasileiras apostam que o governo não vai ter peito para tirar de milhões de brasileiros o direito ao acesso gratuito ao Facebook. Será?

Os ativistas digitais argumentam que a neutralidade de rede é um direito muito maior do que o acesso gratuito à rede social. Resta saber se os consumidores brasileiros estão preparados para compreender a amplitude e a importância dessa discussão.

Vale lembrar que, como o acesso gratuito ao Facebook e ao Twitter é tratado pelas operadoras como uma promoção, na própria página do serviço consta o lembrete de que “a promoção é válida por tempo ilimitado e pode ser cancelada a qualquer momento por exclusivo critério da opredora”.

Sérgio

terça-feira, maio 27, 2014

Baixo astral...


Eis o Boeing 737-800 que vai transportar a seleção brasileira durante a Copa 2014. Trata-se de uma obra dos grafiteiros conhecidos como "Os Gêmeos". E aí, o que você achou? Eu não gostei!

Sérgio

domingo, maio 25, 2014

Selfie...


Fala sério... Isso é que é uma selfie, digna do nome, rsrsrs Captain Nate Barton, U.S. Blue Angels Team, #3, com seu F-18 em treino na semana passada para a temporada de shows que começa hoje. De tirar o chapéu! 

Sérgio

quarta-feira, maio 21, 2014

quinta-feira, maio 15, 2014

Vai "Carlão"...


Fala sério... Mulher grita “Vai Carlão” na hora do sexo e leva 40 facadas do marido; acusado chama Ailton. Veio do site do Jornal 190, de Curitiba, Paraná: 

A jovem Aline Messiane Soares, 19 anos, levou 40 facadas do companheiro após um desentendimento, na tarde de ontem, quarta-feira (07), na Rua Francisco Leal, no Centro de Piraquara, região metropolitana de Curitiba. De acordo com informações, a vítima que estava mantendo relação sexual com o marido, durante certo momento mais exaltada, teria gritado “Vai Carlão”. Resultado, o homem descontrolado e surpreso pegou uma faca e desferiu 40 facadas nela. O nome do marido é Ailton Figueiredo Aparecido Dias, 37. Ela foi internada no Hospital Cajuru e o rapaz fugiu.

Sérgio

quarta-feira, maio 14, 2014

Aeroportos x Obesidade


Será? Morar perto de aeroporto aumenta circunferência abdominal, diz estudo. Motivo seria o estresse provocado pelo barulho dos aviões. Produção de hormônios do estresse aumenta quando ruído é elevado. Veio do Bem Estar:

Morar perto de um aeroporto aumenta a circunferência da cintura devido ao estresse provocado pelo barulho, revelou um estudo realizado na Suécia e divulgado na terça-feira, 6 de maio. A pesquisa estabeleceu a relação entre a saúde de 5 mil moradores da região de Estocolmo, acompanhados entre oito e dez anos, e o nível sonoro em seus domicílios. Seis cientistas do Instituto Karolinska, especializados em medicina ambiental, medicina molecular e endocrinologia, concluíram que à medida que aumenta o barulho dos aviões no dia-a-dia das pessoas, mais riscos elas corriam de ganhar barriga. "Trata-se de um aumento correspondente a 1,5 centímetro por cada aumento de 5 decibéis no nível sonoro", explicou a cientista que coordenou a pesquisa, Charlotta Eriksson, em um comunicado de sua universidade. Este acúmulo de gordura se deveria ao aumento dos hormônios de estresse, principalmente o cortisol, produzido em maior quantidade quando o ruído ambiental é elevado. "A obesidade abdominal é um fator de risco, tanto para as doenças cardiovasculares quanto para o diabetes, e como uma parte importante da população está exposta diariamente a níveis sonoros altos produzidos pelos meios de transporte, o ruído, portanto, poderia ter efeitos para a saúde mais sérios do que pensávamos", acrescentou Eriksson. O estudo, o primeiro a tentar estabelecer esta correlação, foi publicado na edição desta semana do periódico americano "Environmental Health Perspectives".

Sérgio

terça-feira, maio 13, 2014

Got Milk?


Tem gente sem noção, não? Só pode ser piada... Veio do G1:

Câmeras de segurança flagraram uma cena bizarra em um escritório, quando uma mulher "repôs" o leite usado para o café com seu próprio leite materno. Ao perceber que utilizou todo o leite disponível na copa da empresa, a funcionária levantou o vestido e pareceu espremer um dos seios em direção à embalagem de leite, como se quisesse reabastecer o produto da companhia. O registro deixou os usuários indignados com a postura da mulher. Eles chegaram a elegê-la com o "prêmio de funcionária mais nojenta". Até o momento, segundo os sites "Huffington Post" e "Gawker", não há informações sobre o local onde a gravação foi feita, ou mesmo se isso se trata de um flagra verídico.

Sérgio

segunda-feira, maio 12, 2014

Sacanagem... Mesmo!


Vejam só... Tem muita coisa no mundo que você não sabe que acontece! Essa matéria abaixo da Marie Claire mostra isso: saiba mais sobre a seleta lista de Madame O, sociedade secreta internacional que há oito anos promove bacanais de luxo em mansões e castelos da Europa. No mês passado, o Brasil entrou na rota dos organizadores do evento. e Marie Claire – na pele do casal de jornalistas Mariana Weber e Marcos Nogueira – foi conferir de perto tudo sobre essa noite de prazeres sem limites.

Fora o preço da viagem até o destino exclusivo da vez – que pode ser um castelo na Toscana ou um hotel sofisticado na Côte d´Azur -, o ingresso custa 500 euros. Mas não basta ter a carteira recheada para ser admitido em uma orgia da Madame O, sociedade secreta europeia que reúne em ambientes luxuosos gente interessada em sexo a três, quatro, cinco, dez. O caminho até essas festanças hedonistas passa por um rigoroso processo de seleção, como a de um clube aristocrático. A sabatina começa com o envio de fotos – com roupa social e de banho, nada de pornografia caseira – e prossegue com um meticuloso questionário que procura identificar sua posição social e seu grau de instrução. Jacques, o chefe francês do grupo libertino, quer saber se você é linda, chique, poderosa e bem-educada. E se seu parceiro está à altura. Gostar do casal é pré-requisito para ele. Sim, do casal, pois as orgias da Madame O são frequentadas por pessoas comprometidas em busca de novos ares para turbinar a vida amorosa. E não espere encontrar por ali o que se vê nos clubes de swing: nessas festas não há espaço para a estética de rendez-vous que predomina na maioria das casas de troca de casais. Da decoração dos ambientes ao dress code, elegância é palavra de ordem.

Casados há 15 anos, os jornalistas Mariana Weber e Marcos Nogueira, conheceram a Madame O em 2009 e, em 2013 foram a algumas festas na França e na Itália. Da experiência, nasceu o livro "Sociedade Secreta do Sexo" (R$ 34,90) escrito por Nogueira e lançado este mês pela editora Leya. Depois de oito anos de bacanais pela Europa, a sociedade de libertinos decidiu que era tempo de investir no Brasil e com uma orgia ainda mais exclusiva. Em vez das máscaras venezianas que dão toques de Stanley Kubrick às festas tradicionais para 200 ou 300 casais, aqui era cara limpa e apenas o grupo mais seleto. Na suíte presidencial de um hotel cinco estrelas de São Paulo, 20 casais, escolhidos a dedo por Jacques para estabelecer os pilares de sua sociedade na Terra Brasilis, formaram o que podemos chamar de a mais nova elite de devassos do país. Nossos repórteres estavam lá e contam tudo o que viram nessa noite de gemidos, orgasmos e roupas de grife voando.

A NOITE POR ELA...

Mariana Weber, 35 anos, jornalista: Como no início de qualquer festa, a conversa pré-suruba passa pelas mesmas amenidades que evitam silêncios constrangedores. Fala-se de restaurantes, filhos, massagem e até do show de Hugh Laurie, o doutor House, que acontecia naquela noite de sábado em São Paulo. Mas estamos em um encontro de uma sociedade secreta dedicada ao erotismo, e logo um comentário de uma das convidadas, Priscila, daria uma do que estava por vir: 'Falo com as pessoas sobre todo tipo de assunto. Fico amiga e até acho estranho pensar em transar com elas...' Algumas horas mais tarde, eu a veria arrancar o vestido coquetel e gozar entre três homens e duas mulheres.

Conheço Priscila de outros bacanais. Ou melhor, de duas festas na Itália que eu e Marcos participamos no fim do ano passado. Uma, mais contida, era uma espécie de esquenta para que libertinos de diversos países se conhecessem e se preparassem para a segunda, uma megaorgia que ocupou um palácio em Milão. Quando nos falamos pela primeira vez, Priscila e o marido contaram que já tinham frequentado eventos do tipo, mas não transavam com outros casais. Na faixa dos 40 (aparentando menos, principalmente ela, com corpo sarado de academia), eles gostavam de aquecer o sexo a dois com a visão de outras transas. Agora, a história era outra. Na tensão da voz dela, ficava claro que eles poderiam expandir seus limites esta noite. Como na Europa, as hostesses da festa em São Paulo recepcionam nuas e mascaradas os casais que chegam. Eu e Marcos somos um dos primeiros, junto com um rapaz de meia idade e a mulher. Ele tem jeito de italiano e usa um terno cinza bem cortado. Ela, uma bela morena de sotaque baiano, usa maquiagem cintilante e vestido preto de comprimento mídi com recorte generoso nas costas. Dentro da suíte presidencial, os olhares se cruzam mais do que o aceitável em outro tipo de ocasião. De resto, tudo é muito mais discreto do que se poderia imaginar.

Os frequentadores parecem empresários ou profissionais liberais, gente que você encontraria em um almoço de negócios ou em um restaurante de alta gastronomia: seu advogado, a dona de uma loja bacana ou sua dermatologista. Todos falam baixo e se vestem com elegância. A maioria dos homens usa terno. Entre as mulheres, o preto é quase unanimidade, assim como as rendas. Um longo de oncinha salta à vista. De modo geral, estamos todas decotadas, mas sem exagero, seguindo à risca o dress code exigido no convite – que, por sinal, tinha como referência fotos das angels Alessandra Ambrosio e Izabel Goulart, com vestidos da Victoria’s Secret. Só mais tarde veríamos o teor erótico das lingeries, ou a falta delas. Aos poucos, os convidados se instalam na parte mais íntima da suíte: dois quartos e uma área com jacuzzi e sauna. Em nossa primeira incursão, vemos um casal transar (ainda vestido) sobre a cama de um dos quartos. Ele está por cima e tem as pernas dela entrelaçadas em seu corpo. A cena é quente. Ao lado da jacuzzi, uma outra dupla que no início da noite nos chamava atenção pelo jeito 'certinho demais para estar ali', transa encolhida em um sofá. No quarto seguinte, casais se esparramam pela cama e conversam animadamente como se estivessem em uma mesa de bar.

Voltamos ao primeiro quarto, onde já acontecem três transas simultâneas – uma delas é a de Priscila e o marido, Júlio, em um sofá. Ele, sentado, segura a cintura da mulher, enquanto ela, por cima, cavalga com a parte debaixo do vestido levantada e um rebolado eletrizante. No segundo quarto, o papo agora está empolgadíssimo, quase histérico. Um rapaz de cavanhaque, sentado na cama, comenta que aquilo parece mais terapia de grupo do que suruba. Arranca gargalhadas. Depois, pergunta o que aconteceria se algum convidado fosse nu até o bar e pedisse uma bebida. Apostas são feitas, e eu sou convidada a opinar. 'O garçom ia querer participar da brincadeira', respondo, tentando soar natural embora esteja apreensiva em minha condição de observadora próxima demais dos acontecimentos.

Está na hora de alguém tomar uma atitude naquele quarto, e é a parceira do rapaz de cavanhaque, uma bela loira, quem se levanta, tira o vestido preto de alcinha e diz: 'Vou lá!'. Só que não vai. Em vez disso, só de lingerie preta e colar que lembra uma gravata prateada, volta para seu namorado, que a aguarda na cama. Ao lado, outro rapaz se levanta para pegar camisinha e informa: 'Minha mulher quer massagem. Alguém se habilita?'. Inicialmente ninguém se apresenta como massoterapeuta, então ele volta para a cama e começa a beijá-la. Lado a lado no colchão, os dois casais se agarram e arrancam o que resta de roupa. Em segundos, forma-se um emaranhado de braços e pernas e os casais vizinhos trocam de parceiros. O rapaz de cavanhaque beija e acaricia a moça morena que queria massagem. A loira se coloca por cima do namorado da massageada. Vez ou outra, mãos buscam os corpos dos parceiros originais, como que para reafirmar alguma fidelidade.

Sentados em uma poltrona em frente à cama, eu e Marcos temos uma visão privilegiada dessa etapa da orgia. Podemos acompanhar também a transa de uma moça ruiva com seu parceiro à nossa esquerda – ela, só de corpete, se posiciona de costas para ele, sentada em seu colo. A coisa está quente e é bem difícil ficar indiferente. Marcos vem e me beija. Em um esforço para fazer esta reportagem sem precisar descrever mais do que eu gostaria de ver exposto, me levanto e digo: 'Vamos para a sala?'
Nos sofás, duplas conversam, se acariciam, bebem e comem. As garotas nuas da entrada agora bancam as animadoras de torcida com uma performance de carícias sobre um divã. No segundo quarto, uma plateia se excita com a longa transa de dois casais – de lado, elas sobre eles, eles ajoelhados e elas, de costas na cama, apoiando as pernas nos peitos deles. A ação não se abala nem quando, sem querer, um desastrado liga a TV na CNN. No primeiro quarto, a suruba também está instalada e paira no ar um cheiro de corpos e perfumes. Vejo Priscila nua, encostada na parede, trocar beijos com uma mulher e receber sexo oral de outra. Elas estão cercadas por um trio masculino, que se masturba (um dos homens é Júlio). Com a voz rouca, Priscila geme: 'Vou gozar', 'vou gozar…'. E goza ali, cercada de gente. Penso em como será o dia seguinte dela, depois da intensidade daquele momento. Estou exausta, com a cabeça a mil e louca para ir embora. Mas uma festa érotica não acaba quando se cruza a porta. 

Lembranças vão para casa e perduram por dias, semanas. Ou mais, se você tiver sorte.”

A NOITE POR ELE

Marcos Nogueira, 44 anos, jornalista: O prenúncio da noite é ótimo. Nosso taxista ouve música erudita no último volume. A orquestra toca Concerto para Violino em Mi Menor, Opus 46, de Mendelssohn, quando o carro nos deixa na recepção de um hotel cinco estrelas de São Paulo. Nosso destino é a suíte presidencial e, para ter acesso a ela, precisamos dizer a senha a uma funcionária dentro de um tailleur discreto. A moça ouve a palavra mágica e procura em uma lista o nosso nick, codinome usado pelos casais liberais. Com um sorriso protocolar, despede-se enquanto insere no painel do elevador o cartão que nos daria acesso ao andar da festa, um dos mais altos do arranha-céu – o mesmo aposento que outrora fora ocupado por Michael Jackson.

Outro casal nos acompanha na viagem para o alto. O trajeto, sem escalas, demora poucos segundos – segundos de puro constrangimento com estranhos que, como nós, se dirigem à orgia mais sofisticada que o país veria nesta década. Ele, alto, magro e moreno, veste calça social e camisa escura; ela, com o cabelo castanho preso em um coque, usa saia preta e blusa tomara-que-caia prateada. Nós quatro evitamos qualquer contato visual e seguramos a respiração involuntariamente. Na entrada para o setor social do aposento, já com os pulmões cheios de ar, vejo duas moças. Elas mantêm a postura ereta e congelada, como guardas palacianas. Vestem apenas uma capa de tecido acetinado com capuz e máscara veneziana. Tal capa é aberta na frente e deixa à mostra os seios, a vagina e as incontáveis tatuagens das recepcionistas.

Lá dentro, numa ampla sala com vista para o skyline paulistano, o clima é de uma reunião social comum. Há casais espalhados pelos numerosos sofás, mesa de salgadinhos e garçons circulando com vinho, espumante e uísque 12 anos. Aquele encontro seria restrito à elite do meio libertino, a um petit comité de 20 casais, se tanto. Mariana e eu entramos porque conhecemos de longa data Jacques, o francês que organizou a orgia. A trabalho, estivemos em suas festas na Côte d’Azur e em um palácio barroco na Lombardia. Ele nos cumprimenta com beijos – no rosto, diga-se. Logo em seguida encontramos Júlio e Priscila, um casal do interior paulista que conhecemos na orgia da Itália. Mais adiante, cruzamos com Facundo, um argentino que estava na festa de Saint-Tropez.

Minha relação com a Madame O começou em 2009, quando Jacques deu sua primeira festa em São Paulo. Na época, eu trabalhava em uma revista masculina e fui introduzido a um universo que nunca imaginei frequentar: o das orgias de alto luxo. Filiei-me à sociedade libertina e segui o circo de Jacques pela Europa. A palavra 'circo' é apropriada porque o promoter tem uma trupe de artistas que encenam situações eróticas – do burlesco delicado ao hardcore total – para estimular os convidados a esquecer as taças de lado e transar.O Brasil representa 25% dos membros da rede. Depois da festança de 2009 houve mais duas orgias, até que os parceiros (de negócio) que Jacques tinha no país deixaram o meio devido a problemas pessoais. Ele agora busca novos interessados em ajudá-lo a reestabelecer um calendário libertino ao sul do Equador. A festa no hotel é apenas um aperitivo para o grande evento que está sendo planejado para novembro, em São Paulo ou no Rio de Janeiro.

Por volta da 1h, horário previsto para o início da “brincadeira” que, segundo o convite, deveria terminar às 4h, a coisa começa a esquentar. Em tese, eu e Mari passaríamos a noite incógnitos. Nossa condição de jornalistas, porém, é logo revelada a todos por Priscila. E isso não parece incomodar ninguém. Conversamos com nossa amiga interiorana quando, num cruzar de pernas, vejo que ela não usa calcinha. Priscila percebe que eu notei e se encolhe em recato. A poucos metros dali, as duas atrizes encapuzadas trocam carícias tíbias, interrompidas por risinhos nervosos. Jacques se aproxima delas e diz alguma coisa, possivelmente palavras de ordem. Assim que ele se afasta, as moças elevam a temperatura da encenação e passam a se pegar como se não houvesse amanhã. Fazemos a ronda dos quartos. Em um deles, um casal já faz sexo; em outro, um grupo de jovens discute alegremente.

De volta à sala, um grupo de quatro pessoas conversa em pé. Facundo, o argentino, explora com a mão esquerda cada centímetro das nádegas de uma mulher que não é a dele, sobre o vestido. Todos na roda fazem cara de paisagem. Com exceção do marido da apalpada, que tem as mãos no bolso e olha para baixo em sinal de visível desconforto. Após alguns minutos, o grupo se dispersa. Mari e eu vamos para o quarto dos jovens e nos sentamos numa poltrona. Sobre a cama, três casais ainda vestidos se divertem. Uma menina se mostra incomodada com a trilha sonora – música lounge – e sugere substituir o iPod da festa por um outro. 'Mas quem traz iPod para a suruba?', reage seu namorado.O quarto inteiro desaba numa gargalhada que, todos sabem, é fruto de uma altíssima tensão sexual.

Em poucos minutos, as piadas evoluem para brincadeiras de matiz francamente erótico. Peças de roupa caem, e os beijos dos casais ficam mais quentes. A cama seria palco da primeira troca de parceiros da noite. Nós ficamos no ambiente até o limite da possibilidade de observar a cena sem participar dela. Mari me conduz até a sala, onde duplas esparsas se pegam nos sofás. Jacques, o dono da festa, está de conversa mole com uma mulher – Claudia, sua esposa, havia ficado na Europa –, com uma mão boba aqui e uns beijinhos ali. Então vamos ao outro quarto para ver três casais numa transa coletiva. Priscila e o marido Júlio estão nesse grupo. Àquela altura, todos os convidados restantes já perderam alguma peça de roupa e se envolveram em algum ato sexual. Menos nós, que estamos lá com o objetivo de ver e registrar mentalmente a experiência toda.

É tarde, muitos já deixaram a festa e decidimos por bem ir embora. Nada contra as orgias de luxo, mas queremos privacidade neste momento: tudo o que vimos e registramos ainda nos será muito útil por várias noites.”

Sérgio

domingo, maio 11, 2014

Isso é ser Mãe!


Para continuar a comemorar o Dia das Mães! Esse vídeo, muito verdadeiro sobre o que é ser Mãe, merece ser visto!

Sérgio

Obrigado, Mãe!


A saudade é grande há anos. O Dia das Mães chegou, mas você nunca sai da minha cabeça, dia ou noite. Suas histórias, seu exemplo, sua voz, seu carinho, me acompanham por toda esta vida. Dói não tê-la aqui, mas esse preço é pequeno comparado com a alegria de ter te conhecido e te chamado de minha mãe!

Onde estiver, Nilde Marques Gonçalves, um feliz Dia das Mães. Obrigado por tudo!

Saudades...

Sérgio

sábado, maio 10, 2014

Vavá Beraldo no Ar


Pessoal, foi um prazer ter um bate-papo com meu amigo Vavá Beraldo na última segunda-feira, em entrevista que foi ao ar na quarta-feira, dia 07 de maio de 2014. Para quem perdeu, está aqui. A entrevista começa aos 13m20s.

Sérgio

quarta-feira, maio 07, 2014

Wolfe Air Cinema


Amigos, esse é o vídeo mais bonito sobre aviação que vi em toda a vida... Criação dos profissionais da Wolfe Air Cinema.

Sérgio