domingo, setembro 27, 2015

Conheça o Mundo Líquido


Que tal tirar 20 minutos do seu Domingo para pensar no Mundo que nos rodeia e conhecer o conceito de Mundo Líquido? A lição que eu tiro é que precisamos sempre rever nossos conceitos, nos livrando da "nostalgia" de que sempre era melhor "no nosso tempo". Hoje é diferente e só. Pior? Para nós que vivemos o passado talvez sim. Para os novos não faz diferença: não viveram aquilo. Para eles esse é o Mundo, é natural... As coisas velhas podem ser boas. As novas podem ser boas! Se abra ao Mundo como ele é!  Fantástica palestra de Leandro Karnal.

Sérgio

Mark Knopfler - Beryl


Tem muitos artistas dos Anos 70/80 e 90 ainda na ativa lá fora. Aqui no Brasil é que não falam deles e não tocam. Essa semana postei do New Order. Ouvi o álbum inteiro e é bom. Pode não ser um clássico, mas a gente tem de se educar para entender que tudo muda e não se faz obras primas todo dia. Alguns amigos mostraram A-Ha, Pet Shop Boys e muitos outros aqui. E agora falo de mais um virtuose que está de disco novo e em turnê: Mark Knopfler​ que lançou o álbum Tracker. Também acabei de ouvir (enquanto trabalho, sempre ouço músicas) e achei excelente. Vale a pena conferir. Há como se ouvir algumas faixas pelo Youtube ou o iTunes. A primeira de trabalho foi Beryl, que lembra gloriosos tempos do Dire Straits e é uma homenagem à Beryl Bainbridge, uma escritora inglesa que morreu em 2010 e é considerada uma das 50 maiores escritoras da Inglaterra em todos os tempos. Veja o vídeo. AQUI tem o link para o site dele e as faixas do álbum. Aumente o som e curta nesta manhã de Domingo!

Sérgio

sexta-feira, setembro 25, 2015

CPMF: Que besteira...


Belo texto de Demétrio Magnoli no O Globo de hoje. Definiu com clareza o embuste que nos é empurrado pelo PT e a estelionatária das urnas, Dilma Roussef:

“A CPMF é um imposto cumulativo, regressivo, inflacionário, tem efeito negativo sobre o crescimento e quem paga é o pobre mesmo”. O diagnóstico, de Delfim Netto, confidente econômico de Lula nos bons tempos, expressa quase um consenso entre os economistas. Há razões de sobra, no campo estritamente tributário, para o Congresso rejeitar a volta do imposto ruim. Contudo, o motivo principal para a derrubada encontra-se no campo da política.

Primeiro, na campanha eleitoral, Dilma Rousseff prometeu leite e mel: a continuidade da política de expansão fiscal que conduziu o país ao limiar da bancarrota. Depois, na hora do estelionato eleitoral, acenou com uma breve travessia de austeridade: o ajuste fiscal cirúrgico que seria pilotado pelo mestre dos mestres, um certo Joaquim Levy. Em seguida, diante do fiasco do ajuste, enviou ao Congresso um atestado de incompetência absoluta: o Orçamento deficitário que precipitou a perda do grau de investimento. No fim da linha, acuada pela espada do impeachment, a presidente lançou-se à aventura da tributação aleatória, tentando ressuscitar o pior dos impostos. Ela quer o privilégio de tratar os cidadãos como súditos e o conforto de governar sem fazer escolhas.

A democracia tem suas regras. Candidatos que se elegem pelo recurso à mentira são implacavelmente punidos com a perda da legitimidade. A recuperação, sempre improvável, depende de um gesto dramático de reconhecimento do desvio. No lugar desse gesto, Dilma preferiu apostar num truque barato de ilusionismo, atribuindo a crise a imprevisíveis fatores externos (a conjuntura internacional, a seca) e convocando os serviços de Levy para aplicar um unguento sobre a ferida aberta. Por alguma razão, ligada à nossa miséria intelectual, obteve ainda período de graça, na forma de apelos empresariais à unidade política em torno do ajuste fiscal, que reverberaram nos editoriais da imprensa. Não podia dar certo, como não deu.

A política econômica não existe no vácuo ideológico, num compartimento sanitizado e regulado exclusivamente pelas leis da lógica. O giro anunciado pela ascensão de Levy dependia, para funcionar, do reconhecimento explícito do fracasso da “nova matriz econômica” do mandato original — e, portanto, de uma ruptura política completa com o lulopetismo. A presidente, porém, entregou-se à missão impossível de enganar o país por uma segunda vez, indicando que a Terra Prometida situava-se logo além de túnel circunstancial, cuja travessia, penosa mas curta, demandava apenas o ajuste fiscal. No conto infantil que narrou, Levy cuidaria da travessia, enquanto Nelson Barbosa, o verdadeiro teórico da “nova matriz econômica”, aguardaria no banco do passageiro para retomar o volante junto com os primeiros raios de luz. A nova CPMF nasceu da falência desse projeto, com a finalidade de vendar os olhos de todos no momento em que o comboio da economia, descontrolado, desce rumo ao precipício.

Levy, o “neoliberal”, cumpre a função de tenor no ato final da ópera bufa da “nova matriz econômica”. Seu ajuste fiscal, inicialmente apresentado como ato magistral de corte de gastos públicos, revela-se agora, até para os mais néscios, como aquilo que efetivamente sempre foi: uma derrama tributária mal disfarçada pela farsa da reforma ministerial. Operando como agente do lulopetismo, o superministro do Bradesco pretende cobrar dos cidadãos os custos da irresponsabilidade fiscal de Dilma, de forma a conservar intactos os alicerces da política econômica que fracassou. A nova CPMF, muralha de proteção do passado, serve para resistir à exigência de reformas econômicas estruturais capazes de recompor a produtividade e estimular o investimento privado.

Dilma teve uma oportunidade derradeira em março, quando cerca de 1,5 milhão de brasileiros ocuparam as ruas para decretar o fim das ilusões. Naquela ocasião, ela ainda se salvaria se admitisse que mentiu aos eleitores e, dinamitando as pontes com o PT, organizasse um governo de crise assentado sobre uma nova política econômica. Mas a presidente optou pela fidelidade ao lulopetismo e, no fim das contas, às suas próprias convicções ideológicas. Ela dobrou a dose da mentira, enredando-se numa teia política cada vez mais intrincada. Hoje, tornou-se refém dos caciques do PMDB, que dançam uma quadrilha em volta da chave do impeachment. A proposta de restauração da CPMF surge porque o ajuste fiscal é, nos apropriados adjetivos de Delfim Netto, “uma fraude, um truque, uma decepção”. A nova CPMF não passa de um prolongamento da agonia de um governo prostrado, impotente para tomar decisões estratégicas.

A derrubada da nova CPMF no Congresso não deve ser vista como uma recusa a encarar a realidade. Dilma foi eleita, em 2010, sobre uma plataforma política erguida no segundo mandato de Lula que se articulava em torno do gasto público, do crédito, do subsídio e do consumo. A farra fiscal do governo converteu-se em bens eletrônicos e despesas com serviços, investimentos empresariais extravagantes financiados pelo BNDES, moradias populares de baixa qualidade, importações insustentáveis, contas subsidiadas de combustíveis e eletricidade. O país pagará, inevitavelmente, a fatura das escolhas políticas feitas nas urnas. Não deve, porém, oferecer um cheque em branco à presidente arrogante e impenitente que ainda simula governar.

“Chega de impostos”, como se propaga aqui e ali, não é a resposta certa à embriaguez nacional promovida pelo lulopetismo. Uma travessia fiscal será feita, cedo ou tarde, por uma combinação equilibrada de cortes de gastos públicos e aumentos seletivos de impostos. Contudo, a condição para ela só pode ser a decisão nacional de não repetir a experiência desastrosa do passado recente. O Brasil precisa, finalmente, olhar para frente. É por esse motivo que os congressistas têm o dever cívico de derrotar a nova CPMF.

Sérgio

quarta-feira, setembro 23, 2015

Selfies & Tubarões


Sabe quem mata mais por ano? As Selfies! Pois é... Nem tudo que a tecnologia trouxe é bom, rsrsrs  Tem hora e lugar para tudo. Matéria da revista Época. Veja AQUI a matéria original do site Mashable:

Já falamos deste "fenômeno" aqui no Experiências digitais: selfies podem matar. Um levantamento feito pelo site de tecnologia Mashable mostra que o número de mortes causadas por selfies em 2015 supera o de causadas por ataques de tubarões. Foram 12 acidentes fatais originados pelo ato de tirar fotos de si mesmo contra oito ataques de tubarões. O último caso aconteceu na semana passada. Um turista japonês morreu depois de despencar de uma escada enquanto tentava fazer uma selfie no Taj Mahal, na Índia. Esse tipo de acidente é o mais comum entre as mortes por selfie. Quatro dos 12 casos fatais foram de gente que caiu enquanto tentava tirar uma foto de si mesmo. Em segundo lugar, aparecem as selfies com trens em movimento... Pois é. A preocupação com o fenômeno é tamanha que o governo russo lançou em julho deste ano uma cartilha num movimento nacional para conscientizar a população sobre os perigos da selfie. Um parque nacional no estado do Colorado, nos Estados Unidos, chegou a fechar as portas porque as pessoas não conseguiam parar de tirar selfies com... ursos.

Há algo de errado na humanidade.

Sérgio

terça-feira, setembro 22, 2015

2 Reais


Só para quem é bom entendedor... No Brasil o 50 Cent virou 2 Reais!

Sérgio

Vergonha do Brasil!


Esse País é uma vergonha... Somos comandados por uma corja de esquerda incompetente e sem noção. Matéria do Terra:

A presidente Dilma Rousseff enviou uma mensagem a Israel no qual rejeita a nomeação de um antigo dirigente colono, Dani Dayan, como embaixador israelense em Brasília devido à mensagem que a medida poderia ser transferida. Dilma transmitiu a Israel seu incômodo com a designação porque Dayan vive em um assentamento no território ocupado palestino e foi o máximo representante de um movimento que a comunidade internacional rejeita plenamente, informou hoje o jornal "Yedioth Ahronoth". A mensagem foi transmitida através dos canais diplomáticos e põe o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em uma posição incômoda devido a que a nomeação foi aprovada por seu governo no dia 6 de setembro.

Após saber a decisão no mês passado, movimentos sociais brasileiros questionaram a nomeação como representante em Brasília de Dayan, empresário de origem argentina acusado de violar o direito internacional nas comunidades palestinas, e pediram que não fossem concedidas a ele as credenciais diplomáticas. Nascido em Buenos Aires há 59 anos e formado em Finanças, Dayan foi presidente do Conselho Yesha - de assentamentos judaicos na Cisjordânia - entre 2007 e 2013, e esteve envolvido na diplomacia pública israelense dentro e fora do país, informou após ser divulgada sua nomeação o Escritório do primeiro-ministro israelense.

Fontes diplomáticas citadas pelo "Yedioth asseguraram que quando se designa um embaixador o governo transfere seu nome ao país que o receberá para sua aprovação e que a rejeição à nomeação é um fato quase insólito, embora em caso de não querê-lo o país anfitrião costuma enviar mensagens através de canais diplomáticos para evitar uma rejeição oficial que provoque uma crise entre os dois países. No caso de o primeiro-ministro israelense continuar insistindo na nomeação o caso poderia voltar contra si e representar uma barreira para seu governo e Israel, porque o Brasil poderia exercer sua rejeição de maneira aberta e oficial, constata o meio.

O Brasil é um país que Netanyahu considera estratégico nas relações de seu país com a América Latina, da mesma forma que o terreno econômico com um atrativo mercado para qualquer investidor. No último tempo, assegura o jornal, se registrou uma melhoria nas relações bilaterais entre ambos os países, e prova do fato é que o Brasil se absteve esta semana em uma votação no seio da Conferência Geral da Agência Internacional de Energia Atômica promovida pelo Egito e que contava com o apoio dos países árabes, que chamava à supervisão internacional das instalações nucleares israelenses

Sérgio

quinta-feira, setembro 10, 2015

Educação no Brasil


Isso é uma vergonha... Uma em cada cinco crianças de oito anos não sabe ler frases, diz MEC. Governo divulgou os dados da Avaliação Nacional de Alfabetização 2014. Exame mede proficiência em leitura, escrita e matemática. Matéria do G1:

A maioria dos estudantes do 3º ano do ensino fundamental – a idade em que termina o ciclo de alfabetização nas escolas – só consegue localizar informações "explícitas" em textos curtos. Mas uma em cada cinco crianças (22,21%) tem déficit ainda maior: elas só desenvolveram a capacidade de ler palavras isoladas, segundo dados da Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA) de 2014, divulgados pelo Ministério da Educação (MEC) nesta quinta-feira (17). De acordo com o resultado da avaliação, 56,17% dos alunos só conseguem, no máximo, localizar uma informação explícita em textos mais compridos se ela estiver na primeira linha. A avaliação do MEC mede o conhecimento destes estudantes em diferentes níveis de três áreas: leitura, escrita e matemática. A divulgação dos resultados é feita de acordo com o número de crianças em cada um desses níveis.

Em entrevista coletiva na tarde desta quinta, o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, afirmou que o MEC trabalha com níveis de aprendizado adequado ou inadequado de maneira distinta em cada uma das três escalas. Segundo ele, na escala de leitura, é considerado inadequado apenas o nível 1, onde estão 22,21% das crianças. Em escrita, do nível 1 ao 3 os estudantes demonstram que não aprenderam o esperado. É o caso de 34,46% das crianças. Já em matemática, são considerados níveis insuficientes de aprendizado o 1 e o 2, onde estão 57,07% dos alunos avaliados na ANA.

Edição de 2015 cancelada

O ministro minimizou o fato de o governo federal ter cancelado, em julho, a edição deste ano da avaliação. Ele negou que o cancelamento tenha sido motivado por falta de recursos. "Foi dada muita importância ao fato de cancelarmos a avaliação de 2015", afirmou ele. "A questão não é economia de recursos, mas que os dados só estariam disponíveis nessa época. A avaliação de 2015 seria feita sem a divulgação de 2014, então não daria tempo para formular as políticas públicas", explicou. "Quando fizermos, no ano que vem, a avaliação de 2016, teremos condições de extrair novas lições ao divulgá-la, em 2017. Na educação, mudanças de um ano para outro são, com frequência, pouco significativas. Teremos condições de identificar se há tendência sólida, e não soluço." Na terça-feira (15), em palestra em São Paulo, o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, comentou os dados da ANA. "Vamos ter a condição de comparar com o anterior e vamos dizer que os dados não são uma história de sucesso", disse ele.

Entenda o exame

Em 2012, o governo criou o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic), um compromisso dos governos federal, estaduais e municipais para garantir que todas as crianças estejam alfabetizadas quando concluírem o 3º ano do fundamental. A ANA, que começou a ser realizada em 2013, é feita com os estudantes em duas provas: na de língua portuguesa, há 17 questões de múltipla escolha e três de produção escrita. Na prova de matemática, são 20 questões de múltipla escolha. Na divulgação dos dados da ANA de 2014, a primeira vez que o resultado do Brasil foi divulgado publicamente, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) não indicou quais níveis de cada escala representam aprendizado adequado.

Mas, segundo Janine, apenas os estudantes que não passaram do nível 1 preocupam o governo. "O nível 1 é francamente inadequado, a pessoa não consegue ler mais que uma palavra. Isso a gente não pode aceitar, tem que zerar. É um avanço modesto, estamos falando só de escola pública. É claro que será desejado que todos cheguem ao nível 4. Mas, a partir do 2, temos uma pessoa que está lendo e compreendendo o que lê", explicou ele. De acordo com o governo federal, em 2014 o Brasil tinha 3.294.729 estudantes matriculados no 3º ano do fundamental, considerando as redes pública e privadas, na zona urbana e em escolas do campo.

Leitura

No caso da leitura, os níveis vão de 1 a 4, e só 11,20% dos estudantes atingiram o nível mais alto (o 4). Mais de um quinto deles (22,21%) não passaram do nível 1, onde, segundo o Inep, as crianças são capazes apenas de ler palavras com sílabas canônicas (compostas de uma vogal e uma consoante) e não canônicas. Outros 33,96% ficaram no nível 2 e, de acordo com a escala, conseguir, por exemplo, achar informações explícitas apenas em textos curtos, ou se elas estiverem na primeira linha de um texto mais comprido. O MEC considera como exemplos de textos curtos piadas, poemas e quadrinhos, entre outros. Segundo a avaliação, textos mais extensos podem ser trechos de literatura, lendas, cantigas folclóricas ou poemas. No nível 2, as crianças sabem reconhecer a finalidade de diferentes tipos de texto, como convite, receita, anúncio ou um bilhete, e entendem o sentido de piadas ou de histórias em quadrinhos que misturam a linguagem verbal e a não verbal. No nível 3 estão 32,63% das crianças, diz a ANA. Nesse nível, o estudante é capaz de localizar informações explícitas no meio ou ao final de textos mais extensos, identificar onde está o pronome pessoal do caso reto em alguns textos, e fazer a relação entre causa e consequência de textos verbais ou de textos que usam linguagem verbal e não verbal. Já no nível 4, o mais alto, onde está a menor porcentagem das crianças avaliadas, o estudante já deve ser capaz de reconhecer a relação de tempo em texto verbal e os participantes de um diálogo em uma entrevista ficcional, identificam outras estruturas sintáticas em textos curtos, como o pronome possessivo, o advérbio de lugar e o pronome demonstrativo, entendem o sentido de trechos de contos e o sentido de palavras em meio a texto mais compridos.

Escrita

A escala de escrita na ANA tem cinco níveis e, segundo o ministro, os níveis 1, 2 e 3 são considerados de aprendizado inadequado. Nele estão 34,46% dos estudantes avaliados. No nível 1 estão 11,64% dos estudantes. Isso significa, segundo o Inep, que elas "ainda não escrevem palavras alfabeticamente" e "provavelmente não escrevem o texto ou produzem textos ilegíveis". No nível 2, em que os alunos "provavelmente escrevem alfabeticamente palavras com trocas ou omissão de letras, alterações na ordem das letras e outros desvios ortográficos", estão 15,03% dos estudantes. Segundo a ANA 2014, 7,79% dos estudantes estão no nível 3 de escrita. Nele, a criança deve ser capaz de escrever "palavras com estrutura silábica consoante-vogal, apresentando alguns desvios ortográficos em palavras com estruturas silábicas mais complexas", e "escrevem de forma incipiente ou inadequada ao que foi proposto", ou escrevem frases, mas ainda sem conectivos, e "apresentam ainda grande quantidade de desvios ortográficos".

A maioria das crianças de oito anos avaliadas (55,66%) se encontram no nível 4 de escrita, diz o Inep. Nele, elas podem escrever com diferentes estruturas silábicas, dão continuidade a uma narrativa, mesmo que não consigam contar todas as partes da história, ou incluir todos os elementos da narrativa. Elas já usam conectivos no texto. Além disso, segundo o Inep, "o texto pode apresentar alguns desvios ortográficos e de segmentação que não comprometem a compreensão". Uma em cada dez crianças (9,88%) atingiu o nível mais alto de escrita no fim do ciclo de alfabetização. Isso quer dizer que elas provavelmente sabem continuar uma narrativa, com uma situação central e final, articulam as partes do texto com conectivos, separam e escrevem as palavras corretamente, mas ainda podem apresentar "alguns desvios ortográficos e de pontuação que não comprometem a compreensão".

Matemática

Praticamente um quarto das crianças avaliadas em 2014 (24,29%) atingiram o nível 1 na escala de alfabetização em matemática, e 32,78% delas ficaram no nível 2. Ambos os níveis são considerados inadequados pelo ministro Janine Ribeiro. Segundo o presidente do Inep, Chico Soares, há uma explicação mais complexa por trás dos resultados da prova de matemática. O desempenho dos estudantes, de acordo com ele, é impactado pelo nível de conhecimento do português, "porque os estudantes precisam interpretar aquele problema para transformá-lo em um cálculo, em um resultado".

No primeiro nível, espera-se que as crianças saibam contar até 20, ler as horas e minutos em relógio digital e comparem objetos pelo seu comprimento, entre outras habilidades. No segundo, elas também reconhecem o valor monetário de cédulos e de grupos de cédulas e moedas, identificam o registro do tempo em um calendário, completam sequências numéricas crescentes e escrevem números de dois algarismos na ordem, além de somar até três algarismos e subtrair até dois algarismos.

Já no nível 3, onde o aluno provavelmente é capaz de resolver problemas com números maiores de 20 e calcular divisões entre partes iguais, com apoio de imagem, estão 17,78% dos estudantes. No nível 4, o mais alto da escala de matemática, estão 25,15% dos estudantes brasileiros que concluíram o ciclo de alfabetização em 2014, segundo o Inep. Neste nível, eles devem ser capazes de ler as horas e minutos em relógios analógicos, sabem ler alguns elementos de gráficos de barra, fazem operação de subtração com até três algaritmos e divisão em partes iguais ou em proporcionalidade sem auxílio de imagens.

Sérgio