sexta-feira, setembro 05, 2014

Precisa tudo isso?


Racismo é lamentável. Discriminação por sexo, cor, raça e religião é crime! A menina foi infeliz, ponto. Mas, considero que o linchamento moral a que ela vem sendo submetida é inaceitável. Da mesma maneira, acredito ser uma temeridade que o Grêmio seja excluído da Copa do Brasil por uma atitude de poucos torcedores que o clube, em nenhum momento, apoiou. Se a moda pega, algum torcedor contrário pode se infiltrar numa torcida qualquer e fazer algo do tipo, propositalmente. Achei uma violência, contra ela e contra o clube.

Onde isso irá acabar? É o mesmo tipo de linchamento que temos na rua. Cada dia tem um (ou mais) pelo Brasil. Apoiamos? Bandido bom é bandido morto? Eu tenho certeza que sim. Mas esse papo de gritar e pegar na rua pode acabar matando gente errada. Lembram de uma mãe que foi linchada na frente de dezenas de pessoas recentemente e que, depois, se provou, não tinha nada a ver com magia negra e desaparecimento de crianças?

Há instituições e elas devem ser capazes de dar uma resposta para a Sociedade. Não é preciso varrer a pessoa do mapa, como se fez com esta menina ou se fez com o time. Na realidade, a falta de pesos e medidas do tal STJD coloca a garota em perigo físico, num País de gente sem noção, que podem se vingar nela desta desclassificação. Precisa de tudo isso? Ela era mesmo racista? Trata mal negros? Discrimina? Quem nunca chamou um Juiz de futebol de FDP no calor de uma partida que atire a primeira pedra.

Eu penso assim...

Sérgio

segunda-feira, setembro 01, 2014

Isso é Brasil


Sem comentários... 'Só Deus para ajudar', responde polícia do Rio Grande no Norte para queixa registrada na internet. Resposta, por e-mail, foi para uma mulher que registrou queixa de roubo. Delegacia Geral disse que vai apurar e punir responsável pela mensagem. Matéria do G1:

Uma corretora de imóveis de 34 anos foi orientada a buscar uma intervenção divina para reaver o celular que foi tomado dela por um assaltante nesta última quarta-feira (27) na cidade de Parnamirim, na Grande Natal. A mulher registrou queixa do assalto na internet, por meio da Delegacia Virtual da Polícia Civil do Rio Grande do Norte. Contudo, como resposta, recebeu um e-mail dizendo: "estamos todos de mãos atadas, só Deus para nos ajudar". A vítima, que pediu para não ser identificada, contou ao G1 que assim que preencheu os formulários na internet recebeu um e-mail que dizia que a solicitação dela seria avaliada. Quinze minutos depois, chegou uma segunda mensagem informando que, por se tratar de um assalto, o caso deveria ser registrado em uma das delegacias de Parnamirim. "Obrigado pelo seu depoimento, sinto muito o que vou dizer, por se tratar de um crime de roubou (assalto), esse boletim de ocorrência só poderá ser registrado em uma delegacia de policia civil de Parnamirim, realmente, estamos todos de mãos atadas, só deus para nos ajudar" (sic), dizia a mensagem.

A assessoria da Delegacia Geral de Polícia do Rio Grande do Norte (Degepol) esclareceu que o caso da corretora não poderia ser registrado na Delegacia Virtual por se tratar de um assalto à mão armada. "São aceitos apenas registros de ocorrências sobre furto ou perda de documentos, objetos e/ou celulares", informou. Sobre a resposta enviada à vítima, o delegado geral da Polícia Civil potiguar, Adson Kepler, informou que se trata de uma infração administrativa, e que será instaurado um procedimento para apurar as responsabilidades para que sejam tomadas as medidas cabíveis. Ele promete punir o responsável pela resposta.

Vergonha

"Eu fiquei com vergonha quando li a mensagem. Não sei se ficava com pena de mim mesma, que tinha sido assaltada e não tinha a quem recorrer, ou com pena dos policiais por não poderem fazer nada", lamentou a corretora. Apesar da orientação da polícia, ela decidiu não procurar as delegacias da cidade. "Pra quê? Vai resolver alguma coisa?", questionou.

Como funciona a Delegacia Virtual

De acordo com a Degepol, a queixa registrada na Delegacia Virtual passa por uma avaliação que é feita por policiais civis. Se a queixa for homologada, é emitido o boletim de ocorrência. Se o caso não puder ser registrado pela internet, como assaltos à mão armada, homicídio, violência doméstica, por exemplo, é enviado um e-mail para a vítima explicando os motivos pelos quais o BO não pôde ser emitido online e a pessoa é orientada a procurar uma delegacia pessoalmente. A Delegacia Virtual da Polícia Civil do Rio Grande do Norte foi criada em 2008, ficou dois anos em testes e foi disponibilizada para a população em 2010. Em 2013, homologou 13.589 boletins de ocorrências e rejeitou 3.526 que não se enquadravam nas atribuições da delegacia virtual. Em 2014, até o dia 28 de agosto foram homologados 7.590 ocorrências.

Sérgio