sexta-feira, janeiro 09, 2015

Investimentos na Copa


Iniciativa privada bancou apenas 7% dos estádios da Copa do Mundo... Alguém tinha dúvidas disso? Mais uma mentira do Governo PT. Serão anos, talvez décadas de atraso para superar isso. Parabéns, povo brasileiro! Veio da Folha de São Paulo:

Os números oficiais do governo federal mostram que a iniciativa privada arcou apenas com 7,2% do custo dos estádios construídos e reformados para a Copa de 2014. A versão final da matriz de responsabilidade do torneio aponta investimento majoritário do poder público nas 12 arenas que receberam partidas da competição. Os números desmentem a tese defendida por Ricardo Teixeira, então presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), quando o Brasil foi escolhido para receber o Mundial, em 2007. Relatório de comissão da Fifa na época, baseado em informações de dirigentes e autoridades brasileiras, dizia que "o modelo de construção e reforma dos estádios daria prioridade ao financiamento privado por meio de concessões de largo prazo e, só eventualmente, usaria as PPPs". Ao todo, foram gastos R$ 8,3 bilhões em estádios. A maior parte desse investimento saiu dos cofres de prefeituras, governos estaduais e do Distrito Federal. Somando as 12 arenas, o poder público bancou 47% (R$ 3,9 bilhões) do total gasto em obras nos locais que receberam jogos do Mundial.

O restante dos recursos veio de financiamentos do banco público BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Uma linha de crédito criada especialmente para a realização da Copa do Mundo, garantiu R$ 3,8 bilhões, 45% do valor total gasto na construção dos estádios que foram usados no Mundial. Em 2007, quando o Brasil foi escolhido pela Fifa como sede da Copa do Mundo, governo federal e CBF (Confederação Brasileira de Futebol), que apresentaram a candidatura do país para sediar o evento, diziam de que as arenas seriam construídas utilizando 100% de recursos da iniciativa privada. "A Copa do Mundo será melhor quanto menos dinheiro público for investido. Essa equação é que norteia o projeto desde o início. Ao governo, em todos os seus níveis, caberá os gastos com obras que lhe dizem respeito. O investimento maior terá de vir da iniciativa privada", disse Ricardo Teixeira, em nota divulgada em maio de 2009.

Conta mais cara

A matriz de responsabilidade da Copa do Mundo de 2014 mostra um aumento real de 20% no custo dos estádios construídos e reformados para a Copa do Mundo, na comparação com a primeira versão do projeto, divulgada em janeiro de 2010. "As novas arenas multiuso, que foram construídas ou reformadas para a Copa do Mundo, tiveram custos alinhados com a média mundial para esse tipo de construção e são parte do legado esportivo deixado pelo megaevento", informou o Ministério do Esporte, em nota à Folha. "Boa parte desse aumento se deve ao estádio de Brasília. O primeiro valor anunciado não continha quanto ia custar o gramado, a cobertura. Acho que para não causar um impacto maior, sobre valor, parte do projeto estrutural foi acrescentado depois," afirma Gil Castelo Branco, da ONG Contas Abertas. Bancado 100% com verba pública, do governo do Distrito Federal, o Mané Garrincha, em Brasília, foi o estádio mais caro da Copa do Mundo de 2014. Custou R$ 1,4 bilhão, 44% a mais do que a previsão inicial, descontada a inflação no período. 

Sérgio

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