quarta-feira, junho 05, 2013

Campanha infeliz...


Demitir o autor de uma campanha com um slogan destes é o mínimo que se espera! Uma coisa é apoiar as prostitutas. Outra é valorizar a profissão, enaltecendo-a. Aí já é demais! Para os que perguntarem qual a razão de eu apoiar a retirada da campanha (sempre tem) respondo: prostituição deve ser combatida, ainda mais no Brasil, onde meninas pobre e jovens são levadas a isso todo dia. Acorda gente! Matéria G1:

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, demitiu Dirceu Greco, o diretor do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis, Síndrome da Imunodeficiência Adquirida e Hepatites Virais do ministério, após divulgação de campanha com a mensagem “Sou feliz sendo prostituta”. A exoneração de Greco foi publicada no “Diário Oficial da União” desta quarta-feira (5). Segundo o ministério da Saúde, por meio de sua assessoria de imprensa, a demissão ocorreu porque o departamento veiculou a campanha sem a autorização dos responsáveis pela Comunicação Social. O departamento lançou nas redes sociais no último final de semana uma campanha o objetivo de reduzir o estigma da prostituição associada à infecção pelo HIV e Aids. O tema da mobilização feita pelo Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do ministério era  “Sem vergonha de usar camisinha” e celebrava o Dia Internacional das Prostitutas, comemorado no último 2 de junho.  Depois de determinar a retirada da mensagem "Sou feliz sendo prostituta", o ministério retirou toda a campanha do site. "As peças expostas no site do Departamento de DST/Aids não passaram por análise e aprovação da Assessoria de Comunicação Social, como ocorre com todas as campanhas do Ministério da Saúde, de todos os departamentos. Logo, o descumprimento das normas previamente estabelecidas pelo Ministério da Saúde justificou a retirada das peças do site do departamento e de seus perfis nas redes sociais e a apuração das responsabilidades. As peças dirigidas a este público, que é prioritário para as ações de DST/Aids, serão disponibilizadas após análise da Assessoria de Comunicação Social", diz nota do ministério.

A campanha era composta por panfletos e cinco vídeos protagonizados por prostitutas. Além da mensagem "Sou feliz sendo prostituta", os panfletos traziam frases como “não aceitar as pessoas da forma como elas são é uma violência”;  "um beijo para você que usa camisinha e se protege das DSTs, Aids e hepatites virais" e “o sonho maior é que a sociedade nos veja como cidadãs”.  Um dos vídeos também mostrava uma prostituta que sonhou ter sido respeitada: “sonhei que sou respeitada, que sou uma flor, uma rosa sem espinhos”, diz a protagonista. O material, feito em uma oficina de comunicação em saúde para profissionais do sexo em João Pessoa (PB), deveria circular na internet até dia 2 de julho. Após evento nesta terça-feira (4), Padilha afirmou que as mensagens devem ser restritas à prevenção contra doenças. "Enquanto eu for ministro, não acho que essa tem que ser uma mensagem passada pelo ministério. Nós teremos mensagens restritas à orientação sobre a prevenção contra as doenças sexualmente transmissíveis. Respeito as entidades e os movimentos que queiram passar essa mensagem, mas é papel deles. O papel do Ministério da Saúde é estimular a prevenção às DST's". Mais tarde, em seu microblogTwitter, Padilha justificou a retirada da campanha. "Não autorizei que a mensagem 'sou prostituta sou feliz' seja do Ministério da Saúde. Movimentos ou indivíduos podem fazê-lo,nos seus blogs,sites,perfis e respeito-os. A decisão de  retirar material não autorizado foi anterior a qualquer manifestação contra ou favor. Pelo simples fato: não eram autorizadas", disse Padilha no microblog.

A presidente da Associação das Prostitutas de Minas Gerais (Aprosmig), Cida Vieira, criticou a decisão do ministro.  “Quem faz o que gosta, como gosta, é feliz na profissão. Eu sou feliz na minha profissão”, disse.

Sérgio

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