segunda-feira, junho 27, 2011

Cinema interativo?


Pessoal,

Reportagem da Galileu...

O cinema costumava ser uma arte autoritária — cabia à plateia assistir e, no máximo, gostar ou não. Mas uma nova tecnologia da companhia britânica Myndplay mudou essa relação: agora, “a força da mente” do espectador pode definir o final da história. Para isso, o usuário usa uma espécie de fone de ouvido que capta e analisa suas ondas cerebrais (veja no infográfico).  Dependendo do estado mental do espectador, o filme muda de rumo. “É um novo gênero, que mistura filmes e videogames. Você não escolhe só o final, mas interage com a narrativa desde o começo”, diz Tre Azam, diretor do projeto, que deu origem à Myndplay.

A companhia produz os filmes, que podem ser baixados em seu site por menos de US$ 2. Até agora, já foram 12 longas, de gêneros como terror e aventura. “Temos filmes com até dez alternativas de enredo”, diz Tre.  Por enquanto, o Myndplay não consegue analisar sentimentos complexos como alegria e tristeza, mas só o foco e o relaxamento do espectador. Ao combinar esses dois resultados, pode inferir outras emoções, como raiva, frustração e indiferença para modificar roteiros. No terror Paranormal Mynd (Mente Paranormal), se o espectador mantiver-se calmo e focado, consegue que duas meninas na trama sejam exorcizadas. Se não, elas morrem. Já o filme de ação Bullet Dodger (Desviando de Balas), que conta a história de um gângster britânico, se o usuário expressar reação de medo dos vilões, o parceiro do protagonista é baleado.  O próximo passo é testar a nova tecnologia no campo da antiga: uma sala lotada. “Ao dividir a plateia em dois grupos, poderemos fazê-los competirem para ver quem vai dominar o rumo da história.” Breve, em um cinema perto de você. 

Sérgio

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