quinta-feira, maio 24, 2012

Durou pouco...


... a lua de mel do Facebook com Wall Street. Matéria G1:

O Facebook e bancos incluindo o Morgan Stanley foram processados por acionistas que alegam que a rede social escondeu suas previsões de crescimento mais fraco antes da oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), na última sexta-feira (18). Os réus, que inclui o presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, foram acusados de ocultar de investidores, durante o processo de IPO, "uma severa" redução nas previsões de crescimento da receita do Facebook, como resultado do aumento de acessos à rede social por meio de dispositivos móveis. O processo foi aberto em uma corte distrital de Manhattan, nesta quarta-feira (23), de acordo com um escritório de advocacia. Um dia antes, um processo similar de outro investidor foi apresentado em um tribunal do estado da Califórnia, de acordo com outro escritório de advocacia envolvido no caso. No caso de Nova York, os acionistas disseram que analistas de vários bancos haviam baixado suas previsões para o Facebook durante o processo de IPO, mas que essas mudanças foram "seletivamente divulgadas pelos réus para certos investidores preferenciais", em vez de para o público em geral. "O valor de ações ordinárias do Facebook tem diminuído significativamente e os autores da ação estão sofrendo danos como resultado”, disse a queixa. Representantes do Facebook e do Morgan Stanley não responderam imediatamente aos pedidos de comentário.

Mudança em documento

Nos dias que antecederam a oferta pública inicial de ações (IPO) de US$ 16 bilhões do Facebook, o Morgan Stanley, banco que comandou a subscrição dos papéis, transmitiu notícias negativas a alguns de seus grandes clientes: o analista do banco para ações de internet, Scott Devitt, reduziu suas projeções de faturamento da rede social. A súbita cautela, pouco antes da imensa operação, e divulgada durante apresentações da abertura de capital do Facebook a investidores, chocou alguns observadores, disseram dois investidores informados sobre as projeções revisadas do banco. Segundo eles, isso pode ter contribuído para o fraco desempenho das ações do Facebook, que na terça-feira (22) caíram quase 9%, chegando perto de US$ 31. A abertura de capital, com ações cotadas a US$ 38, conferiu um valor de mercado da rede social de US$ 104 bilhões. A mudança nas projeções do Morgan Stanley surgiu depois que o Facebook alterou a documentação de abertura de capital encaminhada à Securities and Exchange Commission (SEC, órgão que fiscaliza e regulamenta o mercado acionário norte-americano). Nas alterações, a companhia expressou cautela quanto a seu crescimento de receita devido à rápida transição de usuários para aparelhos móveis. A publicidade em redes móveis até o momento é menos lucrativa que a publicidade em computadores.

Sérgio

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