terça-feira, maio 15, 2012

King Air Armada Argentina


Mais um avião da Guerra das Malvinas em produção no Hangar de Plástico:

O Beechcraft 200 King Air de serial BB-488 (código 4-G-45 em 1982) começou sua vida na Armada Argentina em 11.05.1979 como uma aeronave do modelo 200 básico, com o código 4-G-45 da Escuadrilla Aeronaval de Reconocimiento. A pintura inicial era branca, mas ao início das hostilidades da Guerra das Malvinas, foi pintada de azul escuro, como os Super Etendard, os Orion, Tracker e demais aviões navais e, em fato pouco divulgado, tomaram participação direta nas operações do conflito, em duas áreas: vigilância ao Chile, que secretamente ajudava a Inglaterra e operações diretas em patrulhas ao redor das Ilhas Malvinas. Efetuaram, ao todo, missões de vigilância, reconhecimento, busca e resgate, ligação, apoio rádio, traslados e outras. Para estas atividades formou-se em 12.04.1982 o Grupo de Tareas 80.1, na Base Aeronaval de Almirante Quijada de Rio Grande (RGD) com quatro aeronaves: a 4-G-43, 4-G-44, 4-G-45 e a 4-G-46.

A aeronave que farei, a 4-G-45, esteve envolvida em missões de patrulha no Estreito de Beagle, fazendo contato com barcos chilenos em 25 e 29.04.1982, gerando uma crise entre os países. Participou também do resgate de tripulantes do cruzador General Belgrano, afundado pela Royal Navy. Ao todo, os King Air da Armada Argentina voaram 209 horas em 117 missões na Guerra das Malvinas, operando em 41 dos 45 dias da guerra, números que nenhuma outra unidade da Força Aérea ou o Exército daquele país igualou. Após a cessação das hostilidades, vários King Air foram modernizados ao padrão 200M, chamado de "Cormoran", com troca de radar e aviônicos, alteração do layout da janela posterior à porta (ovalada para fora) e outros melhoramentos. O 4-G-45 se tornou 6-P-45 (03.05.1991) no padrão novo e opera até hoje na Escuadra Aeronaval 6 (EAN6), a chamada Escuadrilla Aeronaval de Vigilancia Marítima (EA6V) na Base Maritma de Punta Indio.

Sérgio

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