Pessoal,
Lindo texto. Recebi de uma amiga, com créditos para Valéria Nascimento. Merece uma boa reflexão.
Abraços,
Sérgio
Todo fim de ano é comum a reprodução das sensações de esperança e cumpridor (a) de metas. Fazemos aquelas “velhas-novas” promessas de um ano vindouro diferente. Prometemos a nós mesmos que tomaremos outras decisões, outros rumos, outras posturas e seremos alguém melhor e mais feliz. Mas, por que precisamos esperar o Réveillon para mudarmos nossas vidas?
Fico imaginando como eram as pessoas antes da divisão do Tempo em anos, meses, dias, horas, minutos e segundos. Será que eram mais felizes? Será que faziam promessas de renascer? Como esse ritual era feito? Por que criamos essa necessidade de celebrar, rituais, orações e tantos pedidos para os próximos 365/366 dias a posteriori. Como elas se tornaram tão comuns que, até os menos supersticiosos, “pegam-se” pensando em qual roupa usar na virada?
Se, cientificamente, o calendário foi criado para contar o Tempo e controlar as atividades humanas; emocionalmente, ele nos traz alívio, alegria e boa-nova porque “fechamos” um ciclo e começamos outro. É a virada uma grande representante para os oradores de plantão mostrarem suas profecias, reforçarem seus votos em suas respectivas religiões e conquistarem novos rumos diante desse desconhecido chamado Futuro.
Quando temos as benesses de desfrutar de conquistas e realizações, temos a sensação de dever-cumprido e, rapidamente, ficamos nostálgicos dos tempos de outrora. E, quando tivemos maus momentos, é uma sensação natural de se desejar o final do ano não-fértil, pedir às suas divindades o aceleramento do calendário e sonhar que o futuro será diferente. Aquela história do acreditar no amanhã. Por que esperar? Se o passado é história, o amanhã é mistério e o presente é presente, dádiva. Por que não sermos construtores de destinos?
Os anos e a vida adulta trazem a beleza da experiência e as amarguras das marcas e das cicatrizes. O Tempo costuma “roubar” a inocência da infância e a desbravidão da juventude, deixando apenas a praticidade da vida cotidiana e o excesso de realismo perante a própria Vida. Talvez as festas de final de ano sejam os únicos momentos em que nos permitimos a refletir sermos melhores e sonhar com uma vida diferente e plena. É o Réveillon, em especial, que revela nossas necessidades, destacando-se o chamado Renascer, nascer de novo.
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