Pessoal,
No Peru, um juiz de futebol tem sua própria torcida... Vejam:
Acostumado a ouvir todos os tipos de insultos possíveis enquanto realiza seu trabalho, Victor Hugo Rivera foi surpreendido na partida entre San Martín e León de Huánuco, pelo Campeonato Peruano. Ao chegar ao estádio, o árbitro recebeu a seguinte notícia: havia um grupo relativamente grande de torcedores que iriam apoiá-lo. - Quando estava no vestiário me contaram isso, e eu achei que era piada, que tratava-se de uma brincadeira. Acabei ignorando. Quando entrei no campo para fazer o reconhecimento, ouvi os gritos "Árbitro! Árbitro!" - afirmou por telefone ao GLOBOESPORTE.COM. O jogo começou, e os gritos se intensificaram. Era impossível acreditar no que estava acontecendo. Na cabeça do árbitro peruano, apenas uma razão explica o fenômeno. - Inicialmente, pensei que um dos clubes havia contratado aquelas pessoas para me influenciar de alguma maneira. Mas eles continuaram e cantavam "Rivera, melhor árbitro do mundo! Rivera, estamos contigo!".
Quando caiu a ficha de que a torcida realmente estava a seu lado, Rivera relaxou e se sentiu como um jogador de futebol. Era como se o seu trabalho estivesse, enfim, sendo reconhecido pelos torcedores. - Sejamos sinceros. Quando vi que não era gente dos times, fiquei motivado, me deu mais estímulo. Foi muito bonito. Assim como os jogadores, também somos uma equipe. Uma equipe arbitral - desabafou. Não é aconselhável para os árbitros se aproximar da arquibancada. Recentemente, num jogo do Campeonato Alemão, um auxiliar foi atingido por uma caneca de cerveja, e a partida foi cancelada. Rivera, definitivamente, não correu esse risco. Ao contrário. Toda vez que chegava perto de seus fãs, o carinho aumentava. - Foi uma coisa fora do comum. Eles cantaram o jogo inteiro. Quando eu chegava perto, eles cantavam ainda mais - explicou.
Sérgio
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