Pessoal,
Tem hora que os jornalistas me surpreendem com as afirmações óbvias que fazem. Vejam esta do G1: "Chineses preferem iPhone e deixam celular 'xing-ling' para exportação". Jura? Alguém tinha dúvida? Os chineses são espertos, quem disse que eles eram trouxas?
Nos grandes centros chineses como Pequim e principalmente Shanghai, o smartphone já se mostra mais onipresente do que no Brasil. Nestas cidades, o mercado parece ter uma divisão bastante diferente da observada no resto do mundo: o iPhone, da Apple, é o preferido dos consumidores. Os chineses ainda valorizam produtos da finlandesa Nokia, que sofre com a queda de sua participação em mercados como o americano e o europeu. Por aqui, o Android, do Google, sistema operacional mais utilizado em smartphones no resto do mundo, parece ainda engatinhar. É difícil encontrar propagandas da maior fabricante de aparelhos com Android, a Samsung. LG, Sony Ericsson e Motorola, outras fortes na produção de celulares com o programa do Google, simplesmente parecem não existir.
E os celulares vendidos no Brasil como “MP9”, “MP10”, ou qualquer dessas siglas utilizadas extraoficialmente para demonstrar o número de funções do aparelho, vão bem em seu país de origem? Pelo menos nas grandes cidades, não. Os smartphones popularmente apelidados de “xing-ling”, imitações de modelos mais famosos – como o próprio iPhone – praticamente não são vistos nas mãos dos chineses. Nas ruas, em restaurantes, no metrô e nos aeroportos, o mais comum mesmo é encontrar pessoas utilizando o smartphone da Apple. O iPhone 4 com 8 GB é vendido nas lojas oficiais da Apple por 4 mil yuan, ou cerca e R$ 1,1 mil, valor que deve cair com a chegada do novo modelo 4S. O de 16 GB custa 5 mil yuan, menos de R$ 1,4 mil. No Brasil, o modelo custa R$ 400 a mais. O sucesso iPhone é apenas um dos sintomas da “applemania” na China. A loja da companhia americana no distrito de Pudong, em Shanghai, inaugurada em julho, fica lotada durante todo o tempo em que permanece aberta. Trata-se da segunda loja da empresa, que já operava na capital Pequim, na China continental. Para tentar saciar a fome do consumidor de Shanghai por iPads e outros produtos da Apple, a cidade já ganhou mais duas lojas.
Sérgio
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