Pessoal,
Já critiquei muitas vezes aqui o Big Brother. A Edição 11 está ainda pior. O “Big Brother Brasil” tem abusado das cenas deprimentes, principalmente aquelas registradas nas festas após o consumo de muito álcool. Bebedeiras, beijos coletivos, brincadeirinhas sensuais e participantes que perdem o controle e entram no campo da vulgaridade. A CNBB lançou um documento contra esse tipo de programa e levantou uma importante discussão. O texto em negrito foi publicado em fevereiro no blog da Jovem Pan. E continua de mal a pior.
Agora, o que me assustou mesmo foi uma matéria do G1 ontem, equiparando um participante do BBB a profissionais com curso técnico ou superior. É isso mesmo: profissão "ex-BBB". Em uma pesquisa da Globo, 400 universitários foram questionados se participariam de um reality show: 75% disseram que sim e que viam a chance como “benéfica” para o futuro de suas profissões.
É muuuuuita mediocridade.
Veja parte da matéria abaixo e leia a íntegra AQUI. Enquanto isso for a tônica da sociedade, que vive disso, futebol e Carnaval (em Salvador, todo mundo pulou no final de semana como se Carnaval fosse, de novo), nosso futuro continuará negro.
Na quarta-feira, 30 de março, existirão 169 ex-integrantes do “Big Brother Brasil”. Um número que chama atenção ao ser posto, lado a lado, ao de profissionais com carteira assinada em algumas atividades regulamentadas pelo Ministério do Trabalho: hoje, no Brasil, existem 18 geoquímicos, 34 oceanógrafos, 77 médicos homeopatas e 147 arqueólogos, entre outros ofícios. No entanto, na mesma quarta, alguém estará R$ 1,5 milhão mais rico (ou menos pobre, dependendo do ponto de vista), e não será um desses trabalhadores. Numa edição marcada pela queda da audiência — a média geral era de 27 pontos até o último domingo, enquanto no ano passado esse número chegou a 30,7 e, no “BBB 5”, a 47,2, segundo o Ibope — o “BBB 11” chega ao fim com tipos bem diferentes em busca do prêmio máximo. Até o fechamento desta edição da Revista da TV, Daniel, Diana, Maria e Wesley eram os finalistas. Um deles será eliminado hoje à noite.
Em uma análise realizada durante três anos pelo Observatório de Sinais, agência de consultoria especializada em tendências, pesquisa e estudos, foram avaliadas as experiências de ex-participantes de reality shows como o próprio “BBB”. Além disso, o chamado “Dossiê reality” ouviu 2.600 pessoas em cinco capitais do Brasil. Uma das conclusões é simples: ser ex-BBB se tornou, de fato, um ofício.
- É uma espécie de profissão. O “BBB” e os realities do mesmo tipo são mais um meio do que um fim. Os programas são tidos como uma plataforma para subir numa posterior carreira — explica o sociólogo Dario Caldas, diretor do Observatório de Sinais.
Sérgio
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