Pessoal,
Acabou de acontecer uma entrevista em Paris e a ministra francesa dos Transportes, Nathalie Kosciusko-Morizet disse que existem até mesmo corpos no interior dos destroços do A330 da Air France. Estranho ter corpos identificáveis em uma aeronave quase dois anos após sua queda no oceano. Falou ainda que há uma seção inteira da aeronave relativamente intacta. Isso pode demonstrar estol (perda de sustentação vertical) a baixa velocidade, fazendo com que o avião caísse como uma pedra. Mas, para estar inteiro, isso teria de acontecer a baixa altura e ele era para estar voando a quase 10.000 metros. O mistério não se explica com esta descoberta. Ao contrário, aumenta e, agora, aumenta o drama das famílias, que voltam a esperar por corpos. Vamos ver no que vai dar. Matéria do G1 abaixo:
Restos mortais de passageiros do voo 447 da Air France, que caiu sobre o Atlântico há quase dois anos, após decolar do Rio de Janeiro, foram encontrados dentro de uma grande parte da fuselagem localizada no mar no domingo. A afirmação foi feita nesta segunda-feira pela ministra francesa dos Transportes, Nathalie Kosciusko-Morizet. De acordo com Kosciusko-Morizet, os restos no interior do avião poderiam vir a ser identificados. 'É uma parte importante do avião, cercada por destroços. É uma parte que permaneceu praticamente intacta, em uma única peça', disse a ministra. Segundo ela, essa descoberta 'dá aos investigadores esperanças de localizar rapidamente as caixas-pretas do avião'. O voo AF 447 da Air France, que fazia o trajeto Rio-Paris, desapareceu dos radares na noite de 31 de maio de 2009 (pelo horário brasileiro) com 228 pessoas a bordo. Somente cerca de 50 corpos foram encontrados, pouco após a catástrofe.
Quarta fase de buscas
O secretário-executivo dos Transportes, Thierry Mariani, também afirmou nesta segunda-feira, em entrevista à radio France Info, que restos mortais foram localizados na área da fuselagem. 'Em razão do aspecto sensível, guardamos os detalhes para as famílias das vítimas, que serão informadas com prioridade', disse Mariani. A descoberta da fuselagem ocorre pouco após o início da quarta fase de buscas do avião, no dia 25 de março, em uma nova área de 10 mil quilômetros quadrados que não havia sido vasculhada até então. Esta quarta fase de buscas era considerada como a 'operação da última chance' para encontrar as caixas-pretas do avião. 'Pudemos identificar nas fotos que foram tiradas por um dos robôs submarinos diferentes elementos do avião, principalmente os motores', disse Jean-Paul Troadec, diretor do Escritório de Investigação e Análises da França (BEA, na sigla em francês), órgão responsável pelas investigações sobre as causas do acidente. 'Na realidade, é a descoberta da fuselagem', afirmou Troadec. Até então, a única grande peça do avião da Air France localizada tinha sido o leme do Airbus. No domingo, o BEA havia informado que além dos motores, partes das asas também haviam sido encontradas. Troadec afirmou ainda que como o barco americano Alucia, utilizado atualmente nas buscas, não está equipado para retirar a fuselagem do oceano, uma nova expedição será iniciada nas próximas semanas para resgatar os destroços.
Caixas-pretas
Os investigadores do BEA não têm certeza, no entanto, se as caixas-pretas, caso sejam encontradas, estarão conservadas o suficiente para que os dados técnicos gravados e as conversas dos pilotos possam ser analisadas. 'As caixas-pretas estão mergulhadas há quase dois anos. É preciso encontrá-las e que elas estejam em estado de funcionamento. É uma das incertezas da operação', disse o secretário-executivo dos Transportes. Os especialistas do BEA afirmam que é indispensável encontrar as caixas-pretas do avião para identificar as causas do acidente. 'É importante para as famílias das vítimas e para a aviação civil compreender as causas desse acidente para evitar acidentes semelhantes', afirmou Mariani. Até o momento, o BEA afirma que os sensores de velocidade do avião, os chamados tubos Pitot, são um dos elementos que provocaram problemas no avião, mas não a causa do acidente.
Sérgio
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