domingo, fevereiro 06, 2011

Celulares x Aviões


Pessoal,

A velha questão "celulares x aviões" está no fim. Não há mais esta interferência que antes havia. Vejam o Voo 93 da United, por exemplo, no 11 de setembro: diversas pessoas ligaram e ele não caiu por isso. Mas, será que a gente não pode passar nem algumas horas sem esta verdadeira "praga"? Para quem viaja sempre de avião, imagine se todos à bordo puderem falar nos seu aparelhos, a confusão e o inferno que vai ser. Nós não somos tão importantes (e digo TODOS nós) que não podemos ficar incomunicáveis nem por algumas poucas horas dentro de um avião. Estou errado? Enfim, vejam abaixo a matéria de Bruno Amaral do site TechTudo, que baseou-se em matéria do The Daily.

Não existe coisa mais chata do que encarar uma longa viagem de avião sem ter o que fazer. Entre as causas de irritação estão o pouco espaço para as pernas, passageiros sem educação, serviço de bordo precário e, principalmente para um geek, a impossibilidade de utilizar o celular, seja para navegar ou fazer chamadas. Mas o aparelho é realmente tão maléfico para os instrumentos de uma aeronave? Especialistas norte-americanos afirmam que não. Afinal, não é raro que passageiros esqueçam os telefones ligados e só percebam depois de aterrissar tranquilamente, sem que o avião tenha se transformado em bolas em chamas caindo do céu. Não há nenhuma prova da interferência, um temor que já dura 20 anos. A regra norte-americana que proíbe o uso de celulares sequer é uma lei federal. O Federal Communications Commission (FCC), agência norte-americana que regula o setor de comunicações (semelhante a Anatel), chegou a realizar uma investigação em 2004, mas a pesquisa foi abandonada três anos depois, alegando ainda não ter informações suficientes.

De acordo com Carl Biersack, membro da IPCC (uma sociedade em prol do uso de telefones em aviões), o real motivo da FCC não ter aprovado os aparelhos nos aviões ultrapassa a questão técnica ou de segurança. Prova disso seria a livre utilização dos aparelhos em aeronaves de companhias em 139 países, incluindo os da Europa. Segundo Biersack, o problema mesmo seria a pressão pública, que acreditaria que passageiros não querem ser incomodados com a falação no voo. Detalhe: de acordo com a IPCC, a duração média de chamadas realizadas dentro de aviões é de apenas 53 segundos nos países onde é permitido. Aqui no Brasil apenas recentemente a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) autorizou o uso de celulares, incluindo pacote de dados, em alguns voos da companhia aérea TAM. Ainda assim, são poucas as rotas que oferecem o serviço, que cobra valor de DDI mesmo em chamadas nacionais e possui conexão de, no máximo, 250 kbps. As pessoas também não podem falar ao mesmo tempo e os celulares não podem funcionar durante pousos e decolagens. A regra local para todo o resto – ou seja, a esmagadora maioria dos voos comerciais realizados em território nacional – apenas permite ligar o aparelho quando a aeronave estiver no solo e com o motor desligado. Mesmo a configuração “flight mode” (ou “modo de vôo”) nos aparelhos não é permitida nos aviões, o que impossibilita o uso, ainda que offline, de smartphones, celulares ou videogames portáteis (estes apenas por conterem a função Wi-Fi). Notebooks também não são bem-vindos em rotas domésticas.

Enquanto isso, voltando aos Estados Unidos, o Google ofereceu Wi-Fi gratuito em voos das empresas AirTran, Delta e Virgin America entre novembro do ano passado e o começo de janeiro de 2011. A única exigência é a utilização do navegador da empresa, o Chrome. É um preço pequeno a se pagar pela comodidade de poder navegar na Internet e espantar o tédio. É também um grande passo para derrubar o mito – não o avião – do uso de aparelhos eletrônicos dentro de aeronaves.

Sérgio

PS: Internet em voo é outra coisa. Usei em voos da Delta entre Atlanta e Orlando (na ida e na volta) e é muito bom. Agora, o celular...


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