Funk (também conhecido como soul funk ou funk de raíz) é um estilo bem característico da música negra norte-americana, desenvolvido a partir de meados dos anos 60 por artistas como James Brown e por seus músicos, especialmente Maceo Parker e Melvin Parker, a partir de uma mistura de soul music, soul jazz, rock psicodélico e R&B. O funk pode ser melhor reconhecido por seu ritmo sincopado, pelos vocais de alguns de seus cantores e grupos (como Cameo ou Bar-Kays). E ainda pela forte e rítmica seção de metais, pela percussão marcante e ritmo dançante. Nos anos 70 o funk foi influência para músicos de jazz (como exemplos, as músicas de Miles Davis, Herbie Hancock, George Duke, Eddie Harris entre outros).
Já no Brasil... O funk carioca é um estilo musical oriundo do Brasil, mais precisamente do Rio de Janeiro. Apesar do nome, é diferente do funk originário dos Estados Unidos. Isso ocorreu, pois a partir dos anos 70 eram realizados bailes black, soul, shaft ou funk, com o tempo, os DJs foram buscando novos ritmos de música negra, mas o nome original permaneceu. O funk carioca tem uma influência direta do Miami Bass e do Freestyle. Mas, o termo baile funk é usado para se referir a festas ou discotecas que tocam funk carioca, que é um tipo de música com misturas de batida. O pior é o que se associa ao funk no Rio, criando um problema social. Leia esta matéria de Daniel Sonnora:
Ao pensar em “Funk Carioca”, aposto que na maioria das pessoas irão surgir pensamentos negativos, críticas e caricaturas desde estilo músical. Ele já começa equivocado no nome, “Funk”, que não tem nada a ver com as melodias swingadas da música funkeira dos EUA. O “batidão” que arrasta multidões hoje em dia, afastou-se tanto de sua proposta original - que era simplesmente, fazer uma música dançante e popular - que se tornou um problema social, gerador de violência urbana, camuflado pelo que chamam de “preconceito”.
Preconceito, sim, porque a maior desculpa das pessoas que “ouvem” este tipo de música é dizer que sofrem preconceito por ser uma música feita para e por pessoas de comunidades em sua maioria carentes. Mas isto é uma grande mentira, que é sustentada para mascarar um estilo que habita as páginas de jornais policiais. Vejam bem : o problema não é a música, muito menos a qualidade dela ( que por sinal, é sofrível ). O grande “X” da questão, é todo o social por trás das batidas repetitivas do funk carioca : apologias, violência, sexo, marginalização.
A verdade é cruel, mas o que vemos por aí são jovens com linguajar vulgar e completamente analfabeto, sem nenhuma perspectiva social ou profissional. Transitam pelas ruas sem empregos, com seus cabelos pintados de loiro e seus “Nextels” na cintura. Engravidam menores, e usam drogas na própria comunidade em que vivem. As meninas, por sua vez, tornam-se completamente vulgares, e suscetíveis à humilhação constante nas letras das próprias músicas que dançam alegremente. Isto não é preconceito, é um fato.
Visto sem citar a ligação com o tráfico de drogas. Bailes, festas e eventos são organizados por bandidos, que por sua vez, usam o estilo musical como um grande mostruário para a venda. Isso atrai pessoas de classes sociais mais elevadas, como rapazes e meninas em busca de drogas e sexo fácil. O estilo também vende uma imagem completamente superficial, onde celulares, carros e roupas caras são quase uma necessidade primária. Jovens ociosos e sem renda, ouvindo músicas sobre dinheiro e regalias resultaram em um aumento de assaltos, sequestros e furtos de carros em todo o estado do Rio de Janeiro.
Com tantos pontos negativos, o que devemos pensar sobre um estilo que tinha como intenção divertir as pessoas, fazê-las dançar, e hoje é um dos principais problemas sociais do país ? E de como é difícil a conscientização das pessoas, que acham que uma música de péssima qualidade e de péssima influência é algo da “moda” ? A grande verdade é que ninguém dá a importância necessária à esta questão, e enquanto muitos jovens usam bermudas floridas e pintam o cabelo de loiro, a sociedade sofre com as consequências disso.
Sérgio
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