Será hoje em São Paulo. Dia triste...
O Memorial 17 de Julho (dia da tragédia) será inaugurado na tarde da próxima terça-feira, em frente a Congonhas, na zona sul de São Paulo. "Essa praça simboliza nossa luta pelo respeito à memória de nossos familiares", diz Silvia Xavier, mãe de Paula, que morreu no acidente aos 23 anos. E completa: "E também pela melhoria das condições da aviação brasileira." A praça é composta por uma esplanada, que tem em seu centro uma mureta com um espelho de água. Preservada do fogo do acidente ficou um "xodó" dos familiares: uma amoreira localizada bem no núcleo do espaço, contornado por grama e mudas de flores. A vida das 199 vítimas será representada por fachos de luzes, instalados no chão. Ao fundo, estão vários brinquedos infantis, como um trepa-trepa, gangorra e balanças. A esplanada é circundada por quatro longos bancos semicirculares. Logo no primeiro mês após o acidente, em agosto de 2007, os familiares das vítimas começaram a discutir o que fazer com o terreno, que foi doado pela TAM à Prefeitura de São Paulo, mas, só em dezembro do ano passado, a obra, de fato, começou.
Isso ocorreu, segundo Archelau Xavier, vice-presidente da Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas da TAM, por causa da morosidade do processo de desapropriação das casas que ocupavam o quarteirão, vizinhas do terminal de cargas expressas da companhia e de um posto de combustíveis, onde o avião se chocou. Outro ponto foi a escolha do projeto, bancado pela Prefeitura de São Paulo. A primeira ideia do arquiteto Ruy Ohtake previa uma creche e um centro de segurança aérea do país. Mas, segundo Xavier, pela proximidade do aeroporto, o projeto de criação do centro foi abandonado. Aí então foi acertado o projeto do arquiteto Marcos Cartum. A obra levou oito meses para ser concluída. A cerimônia de inauguração começa às 17h30, com uma missa do bispo de Santo Amaro Dom Fernando Antonio Figueiredo. Às 18h51, horário da explosão, será feito um minuto de silêncio.
Sérgio
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