Que legal esta coleção histórica... Só os mais velhos sabem o que é isso, rsrsrs Matéria do G1:
A paixão pelos caminhões transformou o empresário Osvaldo Strada, de Pilar do Sul (SP), em um dos maiores colecionadores do país. Mas a coleção conta com apenas um tipo de veículos: os caminhões FNM que fizeram sucesso entre os anos de 1950 e 1970. Os chamados popularmente de ‘FêNêMê’ fizeram parte história automotiva brasileira e também do Brasil. Os veículos eram feitos na Fábrica Nacional de Motores (FNM), uma empresa brasileira criada para produção de motores aeronáuticos, mas que se transformou em fábrica de automóveis. Ela começou a funcionar em 1942 e fechou as portas em 1979. Foram produzidos cerca de 30 mil caminhões. Um dado curioso é que os caminhões recebiam as iniciais da empresa. Como alguns estados do nordeste a pronuncia do alfabeto é diferente, o FNM se tornou ‘FeNeMê’. Com o fim da produção, muitos caminhões acabaram se deteriorando com o tempo. Outros viraram objeto de desejo nas mãos de colecionadores com Osvaldo Strada. Ele conta que herdou pelos veículos do pai. “Meu pai era caminhoneiro e só tinha caminhão FNM. Lembro de passar parte da minha infância esperando meu pai chegar de uma viagem. Isso foi bastante marcante”, comenta.
O primeiro da coleção foi um FNM 1965 Standart. Segundo o colecionador, o veículo estava indo para o ferro-velho. “Eu fiquei com dó do caminhão. Comprei e restaurei. Daí em diante não parei mais”, relembra. No galpão construído apenas para abrigar os veículos estão 20 exemplares. Alguns tiveram donos ilustres como o FNM Standart 1958 que pertenceu ao presidente Juscelino Kubitschek. O veículo / foi arrematado em um leilão por R$ 5 mil. Depois de restaurado o valor subiu. Atualmente está avaliado em R$ 200 mil.
Na coleção há ainda outras peças históricas. “Eu tenho, por exemplo, caminhões que foram comprados para construir a atual capital do país, Brasília. Tenho nota fiscal de um deles que foi comprado quando a capital ainda era o Rio de Janeiro, em 1958. Isso acaba se identificando com a história do país”, comenta
Restauração
O trabalho de restauração de cada veículo é acompanhado pelo empresário. Ele montou aqui uma linha completa para recuperar aqueles que chegam destruídos. O responsável pelo serviço de funilaria é o restaurado José Valter Mendonça. Ele explica que o trabalho de restauração é diferente de reforma, por isso, cada detalhe tem que ser observado. “Para fazer o trabalho temos que pesquisar bastante. Na Internet recupero fotos antigas para deixar igual como se tivesse saído da fábrica”, comenta. Mas não é apenas a funilaria que recebe a restauração. O motor também é recuperado e todos os funcionam. Mas como as peças não são mais fabricadas, então o jeito foi produzir na própria oficina. O gerente e montador Adalberto Teixeira Santos conta que foram confeccionados moldes de todas as peças necessárias. Assim, quando há necessidade, elas são fundidas. “A gente tem molde de praticamente o caminhão inteiro. O processo é lento e delicado. Para concluir a restauração levamos entre oito e dez meses”, afirma.
Sérgio
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