terça-feira, fevereiro 28, 2012

Acho que eu viu um gatinho...


Um não, muuuuitos. Seria cômico, se não fosse trágico... Leiam esta matéria do G1:

Servidores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso foram proibidos de alimentar e dar água para diversos gatos que se acostumaram a viver no estacionamento e arredores do órgão público, em Cuiabá. O problema começou depois que alguns trabalhadores começaram a reclamar da presença dos felinos no local no ano passado. Em outubro do ano passado vários servidores procuraram a diretoria do órgão para denunciar problemas gerados pelos gatos. Segundo os servidores do órgão, a população dos gatos estava aumentando, causava mal cheiro no local e até atacava os trabalhadores. A maior preocupação era de que os animais pudessem transmitir doenças aos filhos dos servidores que ficam em uma creche localizada dentro do Tribunal de Justiça. Na época, o Centro de Controle de Zoonoses (CZZ) foi notificado. Técnicos fizeram uma vistoria nos ambientes externos e encaminharam um relatório para a diretoria do TJ.

De acordo com o documento, foi constatado que os animais circulam livremente pelo local e que eles possuem fácil acesso aos espaços, inclusive à creche e até mesmo ao forro do estacionamento do órgão. Além de possíveis contatos com o bebedouro que as crianças utilizam na creche. “Encontramos diversas inconformidades. Haviam muitos gatos que tinham abrigo, acesso e alimento no local. A preocupação é que esses animais não tem controle sanitário e vacinas, podendo estar propensos a tudo. As pessoas estão expostas a dermatites e doenças infecciosas”, informou ao G1 a coordenadora do CZZ, Alessandra Carvalho. Ainda segundo a coordenadora, os servidores foram orientados a não alimentarem os bichos. “Quem gosta de animal tem que cuidar e não apenas dar comida naquele momento. O procedimento correto é que adote, leve a um veterinário e vacine. Eles precisam de comandos e de um lar”, orientou. Alessandra ainda afirmou que uma captura dos animais não irá solucionar o problema, uma vez que eles se reproduzem com facilidade e rapidez. Uma nova vistoria deve ser feita na semana que vem, para averiguar se as medidas foram atendidas. E caso seja necessário, os felinos podem ser retirados do local e levados para o CZZ.

No TJ, os servidores passaram pelas orientações e até uma campanha de adoção de animais foi realizada. Para o coordenador de saúde da unidade, Homero Florisbelo, os felinos já causaram transtornos aos funcionários. “Os próprios servidores colocam a ração para os gatos. Tivemos dois casos de servidores que foram mordidos e um acidente. Também existe o mal cheiro e gatos que se escondem nos motores dos carros”, detalhou. Homero contou que no ano passado um dos gatos entrou na caixa de força do estacionamento e causou um curto-circuito. Já os servidores 'atacados' tomaram vacina contra raiva. No entanto, o CZZ informou que não foi notificado de nenhum ataque. Para Maria Gonçalves, a presidente da Associação Voz Animal (AVA), instituição de proteção aos animais de Cuiabá, é necessário fazer um trabalho de conscientização. “O tribunal deve reunir as pessoas que desejam adotar e chamá-las para adotar. Os animais devem ser levados para um espaço adequado para esperar os interessados”, explicou.

Sérgio

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