quarta-feira, fevereiro 22, 2012

Lamentável...


Por estas e outras razões do mesmo tipo, não concordo mais com essa de dizer que o brasileiro é um povo pacífico e não torço para mais nada no Brasil. É sempre uma palhaçada e começa na "organização" das coisas, que troca jurados na véspera dos desfiles, jurados estes que dão notas sem nexo e por aí vai... Claro que nada justifica o vandalismo, mas tá tudo errado. Para quem não sabe do que falo, leiam a matéria do G1, abaixo:

Um grande tumulto interrompeu a apuração do carnaval de São Paulo nesta terça-feira (21). Houve quebra-quebra, carros alegóricos foram incendiados e pelo menos cinco pessoas acabaram detidas. A confusão começou quando um representante da escola Império de Casa Verde invadiu o local onde eram lidas as notas, no sambódromo do Anhembi, e rasgou os envelopes durante a divulgação dos pontos do último quesito. Naquele momento, a Mocidade Alegre liderava, seguida por Rosas de Ouro, Vai-Vai, Mancha Verde e Unidos de Vila Maria. A apuração teve de ser interrompida. Torcedores na arquibancada começaram a jogar objetos na área dos organizadores até que conseguiram derrubar as grades e invadir o espaço restrito. Houve quebra-quebra. Os torcedores chegaram a atear fogo a carros alegóricos que estavam na área da dispersão, no Anhembi. Pelo menos duas alegorias da Pérola Negra foram completamente destruídas no incêndio. Parte dos torcedores saiu do sambódromo e interditou a pista local da Marginal Tiête. Placas que separavam a Marginal do sambódromo foram depredadas e arrancadas pelo grupo.

A troca de jurados e a sequência de três notas dez dadas à Mocidade Alegre, que teria entrado na avenida com menos de 2 mil componentes - descumprindo uma regra do carnaval de São Paulo- são apontados por diretos de escolas ouvidos pelo G1 como a causa da confusão na apuração do resultado do carnaval de São Paulo na tarde desta terça-feira (21). A Mocidade Alegre negou e afirmou que o objetivo dos rivais é evitar que a escola fique com o título. Segundo os representantes das agremiações, na madrugada de quinta-feira (16) para sexta-feira (17), primeiro dia de desfiles, as escolas foram comunicadas por e-mail de que haveria a troca de dois jurados. Um deles entregou uma carta afirmando não estar apto para julgar o carnaval. O outro foi convidado para avaliar o grupo de acesso do carnaval do Rio e não poderia julgar o segundo dia de desfiles do carnaval paulistano no sábado (18).

“Se pensou inclusive em abrir mão das notas desses jurados, mas venceu a substituição pelos suplentes, disse Américo Calandriello Júnior, diretor-executivo da Vai Vai. Sombra, vice-presidente da Mocidade Alegre e marido da Solange, disse que essa troca de jurados não foi consensual, mas que venceu a maioria. Ele se referiu a uma reunião que aconteceu por volta das 15h30, momentos antes do início da apuração nesta terça-feira no Sambódromo. “Se não bastasse a Mocidade contar com 1.800 componentes, ela levou três notas dez no quesito evolução, sendo que a escola ficou parada na avenida”, disse o diretor de uma escola concorrente, que pediu para não ser identificado. A suspeita de que a Mocidade Alegre, presidida por Solange Bechara, tenha descumprido o regulamente que prevê que cada agremiação tem que se apresentar com no mínimo 2 mil componentes é também apontada como motivo da confusão por Moacir Bianchi, diretor da Mancha Verde: “É inexplicável a Gaviões levar um 8,9 em evolução, e a Mocidade, que ficou parada três minutos na avenida e terminou seu desfile antes dos 65 minutos tenha levado três notas dez. Thiago Meira, vice-presidente da Tom Maior, confirma que as escolas receberam a informação que põe em suspeita o número de componentes da mocidade. “A escola fica parada na avenida, leva três notas dez em evolução e estava prestes a ser campeã", desabafou. A reunião de hoje a tarde tentou vetar a troca de jurados. A Mancha verde afirma ter questionado essa substituição dos jurados e chegou a sugerir que os jurados suplentes fossem colocados em “avaliação” para saber se não prejudicariam ou beneficiariam alguma escola.

Sérgio

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