sexta-feira, março 16, 2012

Tem razão...



o Rafinha Bastos, que publicou este texto hoje no blog dele... Concordo plenamente. Se não sabe do que se trata, veja o post de hoje, sete da manhã, sobre mais um exemplo de hipocrisia no Brasil ligado à pessoas "sensíveis" x comediantes.

Acabei de ler umas palavrinhas de um "comediante" chamado Bruno Mazzeo e resolvi comentar. veja o que ele escreveu:

"Há muito tempo eu vivi calado, mas agora resolvi falar. Os caras do stand up são muito unidos, tanto na hora de falar o que quiserem, quanto na hora de se revoltar quando sofrem críticas. O termo “politicamente incorreto” virou salvo conduto para se acharem no direito de falar qualquer coisa. E, quando criticados, se unem para dizer que há censura. Não há. Censura é não poder falar. E todos eles podem falar o que bem entenderem, tanto que andam fazendo isso, aqui e ali, em bares e no Twitter. Desculpem-me todos, mas chamar um negro de “macaco”, como fez o rapaz semana passada em Sampa, o que gerou até policia, não tem nada a ver com humor. Não tem crítica, como necessita o humor. Não tem graça, como necessita mais ainda o humor. É apenas agressividade. Como foi com a piadinha de Auschwitz tempos atrás. Como são todas as (mesmas de sempre) que vivem fazendo com Preta Gil, por exemplo. Se eu mandar meu síndico “tomar no cu”, não estarei sendo politicamente incorreto. Estarei apenas sendo mal educado."

Não gostarem da piada, acho justo. Processarem o comediante, acho justo. Odiarem a família dele, acho justo. Mas pegue o meu exemplo. Estou:

- Proibido por lei de fazer certos comentários sobre determinados grupos de pessoas;
- Perdendo processos judiciais;
- Ameaçado de ir parar na cadeia (sim, essa possibilidade ainda não está descartada).

Você não acha que é preciso fazer uma análise profunda sobre a questão da liberdade de expressão?

Teu texto atenta contra a tua própria profissão, amigão.

Não julgo se a piada foi boa, ou não. Piadas precisam de contexto e só quem tem isso é quem estava no local, mas venho aqui dar o meu apoio ao comediante Felipe Hamachi.

Acerte, erre, mas não seja Bruno Mazzeo, digo, bundão.

Sérgio

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