Pessoal,
A questão da segurança é mesmo uma preocupação. O problema reside em saber se os governantes não vão se utilizar dessa preocupação, que é legítima, para fazer o que não se deve. O certo é que devemos nos preparar para, cada vez mais, termos de viver com restrições aos nossos direitos de privacidade e liberdade por causa de terroristas e ameaças desse tipo. E não é apenas uma ameaça sem fundamento: os terroristas existem, especialmente os fundamentalistas, são ativos e matam mesmo, como mataram hoje na China, o que preocupa pela proximidade com as Olimpíadas.
Enfim, nos EUA a coisa anda complicada. Voar por lá exige paciência e devoção: tira sapato aqui, entra em máquina para ser borrifado com produtos químicos que detectam explosivos ali, abre mala, tira tudo, fecha mala, tira notebook. E, por falar no computador pessoal, agora piorou muito: o pessoal pode confiscar um notebook, sem mais nem menos, bastando achar você com cara de suspeito. Segundo as novas regras emitidas pelo Ministério do Interior norte-americano, o DHS (Department of Homeland Security) pode agora, se considerar necessário, confiscar os computadores na alfândega, não apenas para abri-los (como já ocorre habitualmente), mas inclusive para ler o conteúdo dos computadores, fazer cópias dos arquivos e utilizar a colaboração de agências de inteligência internacionais no que concerne a tradução de textos "suspeitos".
As novas disposições, decididas em 16 de julho pelas agências do ministério do Interior ligadas à alfândega e ao controle das fronteiras, foram divulgadas hoje pelo jornal Washington Post. Segundo os responsáveis do novo regulamento, que pode ser aplicado tanto para estrangeiros quanto para cidadãos norte-americanos, as medidas são "necessárias" e "razoáveis" por causa do terrorismo. O Big Brother, como na imagem acima, está cada vez mais próximo...
Abraços e boa semana!!!
Sérgio
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