Pessoal,
É engraçado. As Olimpíadas so terão sua abertura amanhã, mas já há jogos em nome dela, como no futebol masculino e feminino. Nunca entendi esse tipo de coisa. Enfim, a cobertura é milionária, mundial e massacrante: não há como não se saber do que ocorre em Pequim. É só disso que se fala. Claro, gosto de Olimpíadas e também de Copa do Mundo. Porém, não gosto desse clima de idolatria que se cria para os atletas. O problema não é deles e nem dos Jogos Olimpicos. É da nossa sociedade, mais especificamente da mídia que a cada dia precisa de um ídolo novo, uma musa nova, alguém para dizer aos demais: os amem, os invejem, os desejem, os invejem. As pessoas, especialmente as de menor instrução, vivem isso de uma forma surpreendente. Vivem, nas revistas de fofoca e nos programas de TV, literalmente, a vida dos seus "ídolos". E estes, pobres almas, gostam disso e alimentam essa industria de miséria cultural.
Quando vamos nos dar conta de que substituímos pensamentos e ações realmente importantes por ações midiáticas? Pensar é tão difícil? Temos sempre algo pronto a nos chamar a atenção. 70 canais de TV, alguma coisa eu vou gostar de ver. Claro, assim, não há livro que chame nossa atenção. Tome então por base pessoas que nunca tiveram o hábito de leitura incentivado e temos o caldo de cultura da massificação de corações e mentes a um estado quase que vegetativo. Talvez, melhor dizendo, letárgico, de reação apenas pontual ao que a mídia deseja ver uma reação. Nós, brasileiros, não somos diferentes do resto do mundo. Mas, aqui não há muita resistência a essa situação. Isso é uma pena! Das Olimpíadas falo amanhã. Daqui a alguns dias conheceremos os ídolos que dela surgirão...
Abraços,
Sérgio
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