terça-feira, dezembro 14, 2010

Cyber War: Ela existe!!!


Pessoal,

O tema não é discutido muito no Brasil ou mesmo na maioria dos países. Onde pessoas lutam contra uma violência real, como no nosso caso, onde os bandidos tomam conta do País, fica difícil apontar os riscos de uma guerra eletrônica. Mas, ela existe, já é travada, as "armas" estão em amplo desenvolvimento e os resultados serão imprevisíveis. Estou no fim (e, de novo, dependente da tecnologia, pois leio a versão eletrônica adquirida no iBook da Apple pelo iPad) do recém lançado livro Cyber War de Richard Clark (clique AQUI e veja o livro na Amazon ou AQUI e veja uma entrevista dele na MSNBC) e chega a ser assustador o potencial de danos para a sociedade como um todo.

Ao contrário das guerras anteriores, esta, por capilaridade, atingirá todos nós. Hoje, de bancos a energia elétrica, da própria Internet à localização de materiais perigosos, de planos de emergência e todos os meios de transações bancárias, tudo é dependente da web. Imaginem por um instante, que a web seja "bloqueada" por tempo indeterminado. Imaginem dois, três, dez dias sem banco... Não haveria como sacar dinheiro, pois a agência do banco não tem como se conectar ao computador central. Alguém se lembra do caos da era Collor, sem dinheiro vivo em si? E essa seria apenas a primeira onda de "ataques". Cortar a eletricidade seria a segunda...

Autoridades norte-americanas tem demonstrado cada vez mais preocupação sobre supostas invasões russas e chinesas na rede de eletricidade, que depende da Internet para funcionar. Pequim, que tem relacionamento difícil com os Estados Unidos por conta de vendas de armas para Taiwan, "mirou contra a infraestrutura dos EUA com bombas lógicas", disse o ex membro do Conselho Nacional de Segurança dos Estados Unidos, Richard Clark, no livro "Cyber War", que mencionei acima. A acusação, obviamente, é negada pela China.

Ontem, Altieres Rohr, editor de Tecnologia do G1 publicou um artigo sobre o tema, no qual fala da "guerra do Wikileaks", na qual ataques de represália por anônimos no mundo tem causado problemas e prejuízos para algumas empresas. A principal característica do meio eletrônico é sua ampla disseminação e dispersão. Eu, aqui no Brasil, posso "atuar" em qualquer lugar que queira, contra quem queira. Na semana passada não mostrei aqui no blog um anônimo postando uma foto da Rihanna no Twitter da cantora dela e recebendo uma resposta? A interação com terceiros, famosos ou não, é um trunfo que nunca tivemos antes na história da humanidade.

Nesse caso, Altieres tem razão: "É preciso admitir: é realmente impressionante que a internet funcione tão bem. É fácil gerar problemas na rede; esse é o recado do Anonymous (grupo que atua na "defesa" do Wikileaks - nota minha). Mesmo um grupo de usuário sem conhecimentos avançados consegue causar danos em partes da rede, desde que corretamente instruído. A verdadeira “ciberguerra” é contra o caos da internet. Departamentos de guerra cibernética, como o cibercomando norte-americano (USCYBERCOM), estão centralizando o controle das redes do governo. É fácil de entender o motivo: a falta de controle e monitoramento cria vulnerabilidades e oportunidades de ataques silenciosos aos invasores. Eles podem até realizar esse controle nas redes do governo, mas a internet é muito vasta."

Se você se interessou pelo assunto, leia mais AQUI, AQUI e AQUI. Pena que a maior parte das pessoas somente vai ler ou saber do assunto quando se tornar "vítima" desse novo formato de guerra e dominação. Não é uma questão de se, mas apenas de quando

Sérgio

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