sábado, agosto 16, 2014

Mudanças na Língua Portuguesa?


Que tal escrever "omem" sem h? E "qeijo" sem u? Comissão técnica do Senado estuda nova reforma ortográfica na Língua Portuguesa

ACHO RIDÍCULO! O Português não é uma língua fácil. E fica mais difícil por mudar fequentemente. As recentes reformas foram um desastre e uma delas ainda me persegue: perder o hífen foi péssimo. Criamos palavras lindas, como "cocriação" ou "contrarrazões", olha só que legal. Agora, querem tirar o CH e instituir o X e o QU, deixando só o Q. Algo como: "eles não aprendem. Então, vamos nos render aos ignorantes?" 

Não adianta justificar dizendo que a língua é difícil, pois sempre foi e todos aprendiam. O que não dá é se render aos ignorantes. Simplificar é uma coisa. Tornar a língua ridícula é outra. E, daqui a 10 anos querer mudar de novo. Vai ser assim agora? Falta responsabilidade e compromisso, com a língua, com a cultura, com o povo. 

Sou advogado, leio desde cedo e constantemente e, ainda assim, erro o português por ser, mesmo, uma língua difícil. Mas, no geral, quem estuda acerta muito mais do que erra. O que acontece é que o povo não quer estudar hoje em dia. Mas, daí a gente simplificar a língua e se render aos ignorantes é demais, não? Não me parece ser a melhor escolha. 

Isso é lamentável! Leiam mais sobre este projeto e as justificativas de quem o defende AQUI e AQUI

Parece que o tempo do homem com “h” está mesmo chegando ao fim. Pelo menos é o que propõe uma comissão técnica do Senado Federal que estuda novas mudanças ortográficas na Língua Portuguesa. Além de querer eliminar a letra “h” do início de palavras, quer também um pedaço do queijo, ou melhor, sugere a eliminação da letra “u” da palavra queijo. De acordo com o secretário da Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado, Julio Ricardo Linhares, o objetivo do grupo de trabalho, com professores renomados como Ernani Pimentel e Pasquale Cipro Neto, é aperfeiçoar e simplificar a língua. A ideia da comissão nasceu com as constantes discussões em audiências públicas sobre a Reforma Ortográfica de 2009, que alterou 0,5% do vocabulário brasileiro, segundo o Ministério da Educação.

Embora ainda não haja um texto pronto ou projeto de lei, com as mudanças o “ch” deixaria de existir e palavras como chá, flecha e macho, seriam escritas assim: xá, flexa e maxo. O dígrafo “qu” também desapareceria. Palavras como queijo e aquele ficariam assim: “qeijo” e “aqele”. No site www.simplificandoaortografia.com é possível ver essas e outras propostas de mudanças. A GAZETA foi às ruas com as palavras “omem”, “oje” e “qeijo” impressas, e todos os entrevistados estranharam muito. Para a florista Miriam da Penha Fantin, 46 anos, e a filha Mariana Fantin, 10 anos, a mudança não agradou. “É desnecessário mudar. A palavra ficou feia demais. Não vale a pena”, desabafou a estudante. 

OPINIÃO

Para o professor de Língua Portuguesa José Augusto de Carvalho, uma reforma ortográfica precisa levar em consideração a opinião de especialistas no assunto, como linguistas e gramáticos, e não profissionais ligados à política. “Não é porque deixamos de pronunciar a letra “h” que temos de eliminá-la. Ela faz parte da etmologia da palavra e é comum que isso ocorra em outros idiomas como no inglês. A mudança é inútil”, garante. Buscar escrever como se pronuncia é um risco, segundo o professor do ensino fundamental no Centro Educacional Praia da Costa, Rodrigo Acosta. “Chamamos isso de transcrição fonética. A pronúncia das palavras muda de um local para outro. Não podemos oficializar uma escrita sem prejudicar a comunicação. Além disso, pode prejudicar o aprendizado”, defende ele. Conforme Linhares, novo debate deve acontecer em setembro, em Brasília, para discutir as questões ortográficas. E a população poderá participar. “Não temos a pretensão de ditar regras. Vamos ouvir especialistas e a também a comunidade em audiência pública para discutir o melhor a se fazer”, conclui. 

O QUE MUDARIA

Sem “H”

Homem - Omem: Deixa-se de escrever o “h” no início das palavras porque ele não é pronunciado. Exemplos: oje, ora, istoria, etc.

”QU” SEM O “U”

Queijo - qeijo: Deixa-se de escrever o “u” porque não é pronunciado. Exemplos: qero, aqilo, leqe, etc. 

“CH” por “X”

Chá - xá: Somente a letra “x” poderia representar esse som. Exemplos: flexa, maxo, caxo, etc. 

“S” por “Z”

Exemplo - ezemplo: Somente a letra “z” seria usada para representar o som de Za, Ze, Zi, Zo, Zu. Exemplos: bluza, analizar, ezuberante, etc. 

Sem “SS”, “Ç”, “SÇ”, “XÇ” e “XC”

Amassar - amasar: Na nova proposta, os encontros consonantais acima seriam eliminados.

Sérgio

Nenhum comentário: