segunda-feira, dezembro 15, 2014

Isso é Brasil


Vivemos ou não em Guerra Civil no Brasil? Se muitas destas 80 pessoas ao mês são mortas, jamais saberemos. E isso é só em Vitória! Uma vergonha... Veio do G1:

Mais de 80 pessoas desaparecem por mês na Grande Vitória. De janeiro até o último dia de novembro de 2014, 894 boletins de ocorrências foram registrados na Delegacia de Pessoas Desaparecidas do Espírito Santo. Das pessoas que desapareceram, o maior percentual é de meninas de 12 a 17 anos, que saem de casa para viver com namorados. Em segundo lugar, estão os homens adultos, com mais de 18 anos, que também saem de casa. Mulheres adultas e adolescentes vem em seguida no ranking. De acordo com o delegado substituto da Delegacia de Pessoas Desaparecidas, Eduardo Passamani, aproximadamente 80% dos casos são relacionados a fuga do lar. “São meninas que não aceitam a imposição dos pais, homens que não querem mais manter o casamento ou mulheres cansadas de sofrer violência familiar”, disse. A delegacia não tem calculado o tempo médio que uma pessoa fica desaparecida, mas há casos de desaparecidos que foram encontrados no mesmo dia. O índice de pessoas localizadas chega a 88,9%. “Das 895 pessoas desaparecidas neste ano, 795 foram localizadas”, disse o delegado. Ao ser registrado boletim de ocorrência, a delegacia abre um processo de investigação, que conta com a divulgação de imagens em entidades conveniadas, varreduras em hospitais e DMLs.

Aplicativo

O Espírito Santo é um dos primeiros Estados do Brasil a contar com um aplicativo para celulares e tablets que vai ajudar a localizar pessoas desaparecidas. Trata-se de um módulo do Sinesp Cidadão, desenvolvido pelo governo federal, que já ajudava na localização de carros roubados e de mandados de prisão pelo país. A nova ferramenta começou a funcionar no estado em outubro. O programa vai possibilitar a busca pelo nome. Com essa informação, é possível localizar a foto do desaparecido e o contato da delegacia onde foi feita a ocorrência para que os usuários possam comunicar caso a pessoa seja vista.

Esperar 24 horas para procurar pela polícia é mito

Diferentemente do que muitos pensam, não é preciso esperar 24 horas pelo desaparecimento de uma pessoa para registrar boletim de ocorrência na Delegacia. De acordo o delegado, essa informação não passa de um mito. “Esperar todo esse tempo, pode até mesmo prejudicar as buscas”, alerta. O delegado orienta que, após perceber mudanças na rotina da pessoa, os familiares devem entrar em contato com ela, depois com parentes e amigos mais próximos. Não obtendo informações, devem percorrer hospitais e DMLs da região. “Fazendo esse percurso, não precisa esperar as 24 horas para o registro do boletim de ocorrência”, disse.

Importância do documento

O delegado alerta para a importância de estar sempre com algum documento de identificação. “É extremamente importante a pessoa sair com um documento de identificação, de preferência uma carteira de identidade ou um documento com foto. No caso de qualquer acidente, você estando identificado com um documento com foto, que te dê uma filiação ou parantesco, qualquer pessoa vai poder fazer contato  com os familiares para que deem o alento que a vítima precisa no momento”, disse. Segundo ele, se uma pessoa desaparece sem portar nenhum documento que o identifique, se torna muito mais difícil conseguir encontrar algum familiar e buscar ajuda. “Quando a pessoa está sem nenhum documento, no caso de ela passar mal, por exemplo, o hospital vai prestar socorro, mas dificulta o trabalho de investigação, porque depende disso ser encaminhado a uma unidade da polícia. Vai ser colhida uma digital para que essa pessoa tente ser identificada, se não, vai ter que ser feito contato com outra unidade da federação, para que essa seja identificada e só depois comunicada à família”, explicou. No caso de um óbito, a vítima é encaminhada a um Departamento Médico Legal (DML) e fica lá por um tempo até que um familiar sinta falta. “Passado um período, se a polícia não tiver conseguido encontrar essa pessoa ou não tenha sido procurada pela família, ela acaba sendo enterrada como indigente”, disse.

O que deve ser feito

Rotina: Ao ver que a pessoa saiu da rotina, e não avisou previamente, a família deve ficar em alerta.

Primeiras buscas: Familiares mais próximos e amigos devem ser os primeiros contactados com o objetivo de procurar as primeiras informações.

Boletim de ocorrência: Depois de percorrer DMLs e hospitais da região, o boletim de ocorrência deve ser registrado.

População: A participação das pessoas é essencial para localizar desaparecidos. Contato: 3137-9065. Para fazer denúncias anônimas, ligue para o 181.

Sérgio

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