Esse é um artigo de Cássio Leandro Dal Ri Barbosa no G1 que achei interessante compartilhar. É de sexta-feira, 15.02 sobre o meteorito que caiu na Rússia. Saiba mais AQUI.
Hoje estava prevista a maior aproximação que um asteroide já fez à Terra. O 2012 DA14 passou a uns 27 mil km da superfície do planeta, ficando mais perto até do que os satélites de comunicação em órbita geoestacionária. Tudo ocorreu bem, como já deu para perceber, mas o que ninguém tinha previsto foi o ocorrido na Rússia.
Eis que pela manhã começam a chegar relatos, um tanto desencontrados, de que uma chuva de meteoros teria atingido uma cidade nos Montes Urais. Chuva de meteoros não poderia ser, um meteoro seria extremamente improvável. Pensei logo na queda de um pedaço de foguete, ou outro artefato.
Depois foi confirmado que um objeto, de no máximo 5 metros de tamanho teria explodido sobre Cheliabinsk ferindo por volta de mil pessoas. O que era extremamente raro se confirmara! Os detalhes, você pode acompanhar na cobertura do G1.
Mas como esse objeto caiu assim sem aviso?
Os projetos de monitoração de objetos próximos à Terra (NEOs em inglês) varrem os céus procurando objetos que possam representar algum perigo para o planeta. Esses são os objetos com mais de 10 metros de tamanho, em especial os maiores que 50 m. Esses objetos maiores, são chamados de asteroides potencialmente perigosos. Quanto maior for um asteroide, maior o estrago que pode provocar, mas também, mais fácil de achá-lo. Esse na Rússia tinha poucos metros de tamanho, muito difícil de observar, por isso caiu sem mandar recado. Um outro parecido com esse foi descoberto um dia antes de cair sobre a África e foi o primeiro caso em que foi feita a detecção, foi observado o seu ingresso na atmosfera e posteriormente foram coletados fragmentos.
Mas e aí? O quê caiu na Rússia, um bólido? Um meteoro? As nomenclaturas se confundem um pouco, mas é assim.
Qualquer corpo que esteja “boiando” no espaço, quer seja um grão de poeira, uma pedra de meio metro, ou um estágio de foguete com alguns metros de tamanho é chamado de meteoroide. Se esse meteoroide entrar na atmosfera e for avistado se queimando, chamamos de meteoro. Popularmente, as estrelas cadentes. São compostos, na grande maioria, por destroços de cometas e dão origem às famosas “chuvas de meteoros” que volta e meia eu comento aqui no G1. Agora, se um desses meteoros sobreviver ao atrito com a atmosfera e conseguir chegar ao solo, ele se chamará meteorito.
Até agora, o que caiu sobre Cheliabinsk deve ser tratado como um meteoro, explodindo em milhares de fragmentos. Se esses fragmentos forem encontrados, eles serão chamados de meteoritos. Alguns relatos de recuperação de fragmentos já estão circulando, mas ainda não se confirmaram.
A pergunta que foi repetida exaustivamente ao longo do dia foi se esse meteoro tinha alguma ligação com o asteroide 2012 DA14. Apesar de ser uma possibilidade plausível, análises da trajetória dos dois objetos mostram que eles não poderiam ter qualquer relação. A órbita do DA 14 tinha sentido norte-sul e o meteoro entrou na atmosfera no sentido oeste-leste. Teria sido apenas uma coincidência. Uma baita coincidência.
Agora, mais para o final da tarde, chegou um relato que um outro meteoro teria explodido sobre Cuba, mais de 12 horas depois do ocorrido na Rússia. Essa informação ainda precisa ser confirmada . Mesmo que isso não aconteça, o dia 15 de fevereiro de 2013 já se tornou um dia épico na história.
Sérgio
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