terça-feira, dezembro 08, 2015

Pobre Brasil...


Vejam o ponto que chegamos: um marginal de 15 anos vai para a escola armado com um 38 carregado, é pego pela Polícia, se exalta, é algemado e o Policial é quem tem de se explicar? Que País é esse? Quem devia se explicar é ele e seus pais. Mas, não: no País das leis maravilhosas, onde tudo é perfeito, menores são deuses. Bandidos são detentores de todos os direitos e cidadãos de bem podem pagar impostos e morrer nas mãos deles, mas sem reagir. Sem futuro assim, não? Matéria do G1 da semana passada.  Reparem que a notícia não se centra no menor armado, mas no fato de ter sido algemado. Realmente, aqui o rabo abana o cachorro...  

Um garoto de 15 anos foi algemado por policiais militares na tarde desta quarta-feira (2) depois de ser encontrado com um revólver dentro da escola no Distrito Federal. De acordo com o sargento Paulo Alberto Moraes de Almeida, foi necessário adotar a postura para “preservar” o menino. O incidente aconteceu na Escola Parque da Cidade, na 909 Sul. “A gente teve que fazer isso aí porque ele estava relutando, foi para evitar que ele se machuque”, disse o sargento. “Esses meninos hoje são treinados em luta, muay-thai. A gente sabe que não pode [usar], estamos falando de uma criança, de um adolescente, mas foi para acalmá-lo. Tomamos todos os cuidados. Foi só para trazê-lo à viatura.” A súmula vinculante número 11 do Supremo Tribunal Federal diz que algemas só devem ser usadas em casos que apresentem perigo e mesmo assim a postura deve ser justificada por quem a usou. O Estatuto da Criança e do Adolescente não faz menção direta sobre o tema. Segundo Almeida, a arma foi encontrada durante revista aos estudantes. O sargento afirmou que o Batalhão Escolar passou a fazer as varreduras duas vezes por dia, com o intuito de desarmar os jovens e evitar incidentes por causas das rixas entre eles. Três policiais participam da ação.

O revólver, de calibre 38, foi achado na cintura do rapaz, que estava na sala de informática. Ele alegou aos militares que comprou a arma por se sentir ameaçados por vizinhos, da Vila Planalto. “Depois que foi encontrada a arma na cintura dele, ele tentou fugir. A gente teve que dominá-lo, que segurá-lo. [...] No interior do colégio tinha todo aquele alvoroço”, explicou. “[Algemamos] Para evitar um mal maior. Poderia acabar virando uma agressão.” O caso foi encaminhado para a Delegacia da Criança e do Adolescente. Os pais do garoto foram acionados. A Polícia Militar disse que o fato de o menino estar armado expunha os policiais e as pessoas ao redor a perigo e que por isso eles agiram corretamente quando o algemaram.

Sérgio

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