segunda-feira, março 11, 2013

Baixaria...


Aproveitando a hora do almoço... Pode até se gostoso, mas o nome é feio. Depois falam mal do fast food dos Estados Unidos, Vejam só, um prato de 1900 calorias para o café da manhã no Acre. Matéria G1:

A 'baixaria', nome tradicional do prato tipicamente acreano, tem uma receita bem simples: farinha de milho (fubá ou cuscuz, como é conhecido em algumas regiões do país), carne moída, cheiro-verde e ovo frito.
Servido no café da manhã nos mercados populares em todo o Estado do Acre, a baixaria tem mais de 1900 calorias e segundo a empresária Antônia Pereira, a Toinha do Mercado, como é conhecida, é o principal pedido em seu restaurante, localizado no Mercado do Bosque, em Rio Branco. "São 40 quilos de carne moída em um dia. É a melhor pedida pra quem está saindo da festa e quer recuperar as energias", diz Antônia. Sobre o 'batismo' do prato, existem muitas histórias, cada uma com uma versão diferente. De acordo com o jornalista Alexandre Nunes, o nome surgiu para separar uma briga depois que dois jornalistas debocharam de um grupo de pessoas que chegava de uma festa para tomar café no mercado. "Eles já estavam 'alterados' pela bebida, quando chegou umas senhoras de vestido longo e uns homens de fraque e gritaram: 'lá vem a baixaria', então para não virar uma confusão a Toinha disse que baixaria era o prato que eles pediram", diz.

Antônia não confirma, nem desmente a versão, e diz que a baixaria teve vários nomes. O prato foi popularizado nos anos 80 pelo jornalista Wilson Barros, que publicou algumas matérias comentando sobre a novidade no mercado. Polêmicas a parte, a chefe de cozinha Suely Cardoso afirma que o prato é bem pesado. "Quem amanhece com uma baixaria pode ficar até as 15h sem sentir fome", comenta. Suely diz ainda que a baixaria é o único prato tipicamente acreano, surgiu nos seringais, ganhou os mercados da cidade, e hoje é servido nos buffets mais refinados. "Eu mudei alguns ingredientes, como por exemplo o fubá, eu prefiro usar o cuscuz marroquino, que é mais leve e torna esse 'quebra jejum' menos calórico", fala Suely. O jornalista Victor Augusto diz que é fã da baixaria e fala que sempre que sai com os amigos o Mercado do Bosque é parada obrigatória. "Não dá pra terminar a noite e começar o dia sem uma baixaria", conclui o jornalista.

Sérgio

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