Leiam esta matéria da Folha de São Paulo e vejam até onde vai a falta de postura desta gente. Se a Comitiva do Vice-Presidente Americano era grande, não cabia a um agente de porta do Itamaraty dizer que havia gente demais. Não há cadeia de comando ou postura condizente. E o tal do Diplomata (Allan Selos, subchefe do cerimonial do Itamaraty) que chegou depois só mostra o nível da lama à qual desceu nossa outrora gloriosa representação: além de não resolver o problema, instituiu um rodízio típico do Brasil (entra um, sai um) e ainda falou mal dos Estados Unidos aos jornalistas.
É o típico recalque do Brasil: quer ser o centro do Universo, especialmente pisando nos demais. Sobe num banquinho e se acha. Tá cheio de gente apoiando. Queria ver a gritaria se fosse com a Comitiva da Dilma nos EUA.
Dá para crescer e receber corretamente as pessoas, americanos ou não? Dá para parar de se achar? Todos nós, brasileiros, sabemos como são as "autoridades" no País. É Juiz que dá voz de prisão para agente de blitz da Lei Seca, é Tenente que dá voz de prisão para funcionário da TAM que disse que o avião já está de portas fechadas e por aí vai. Só tem gente importante...
É muito cacique para pouco índio! Vergonha!
O vice-presidente americano, Joe Biden, foi um dos primeiros representantes estrangeiros a chegar ao Itamaraty, onde a presidente Dilma Rousseff e seus ministros receberiam as delegações estrangeiras depois da posse. As portas de uma sala especial reservada a ele no segundo andar se abriram –e por ela passaram um, dois, três, mais de dez assessores, entre diplomatas, representantes de negócios e seguranças. Até que um policial brasileiro fechou repentinamente a porta: "Agora, chega!".
Os americanos excluídos, cerca de 12, não se conformaram. "Casa Branca! Casa Branca!", dizia uma das assessoras, referindo-se à residência oficial do governo americano, ao tentar forçar a entrada. "Mas por que essa proibição?", perguntava outra ao bater com a cara na porta. "Já tem muita gente lá dentro", dizia o segurança. O séquito de 12 americanos que ficaram do lado de fora tentava explicar a urgência de entrar na sala. Um deles segurava uma bolsa térmica. "É a comida do presidente." O outro, uma garrafa térmica de café. "Ele precisa beber." E um terceiro, roupas num cabide. "Ele vai se trocar." À coluna, um assessor disse: "Ele [Biden] prefere tomar água mineral, de garrafa. Eles [autoridades americanas] vivem sob um controle muito grande".
A confusão crescia, e os seguranças brasileiros permaneciam implacáveis. Allan Selos, subchefe do cerimonial do Itamaraty, surgiu na porta para uma negociação. Os americanos insistiam: tinham que levar os objetos a Joe Biden de qualquer maneira. "Vou estudar o caso de vocês", afirmava o diplomata. Até que se chegou a um acordo: toda vez que um americano entrasse no gabinete onde estava Joe Biden, outro teria que sair. "A gente até entende esse excesso de zelo. Brincamos aqui: quem faz tanta maldade pelo mundo [os americanos] tem que se cuidar mesmo. Mas às vezes eles abusam", explicou à coluna um integrante do staff que ajudava a organizar a recepção a Biden.
Já no Palácio do Planalto a deferência foi especial. Enquanto outros chefes de Estado assistiam ao discurso de posse de Dilma Rousseff no Congresso, Biden foi acomodado numa sala do 4º andar. Ali, em plena sede do governo brasileiro, a segurança era feita por agentes americanos, ao contrário do que ocorreu no Itamaraty.
Sérgio
Nenhum comentário:
Postar um comentário