Cigarro de maconha causa tumulto durante voo do RS para São Paulo...
Acho um absurdo... As pessoas minimizam como se não fosse nada, inclusive a mãe da figura. Mas, além de ser proibido fumar em um avião, menos ainda é permitido se fumar um baseado, não é? Nos Estados Unidos estaria PRESO. Aqui, como somos mais avançados como sociedade, só assinou um termo circunstanciado por colocar dezenas de pessoas em risco no avião e mais em solo, caso este caísse e foi embora!
Lindo é que a mãe do suposto dono do cigarro minimizou e não achou nada demais na conduta do filho, óbvio. Preferiu atacar a Comissária. Já o repórter do jornal Folha de São Paulo também trabalhou para dar um tom jocoso ao texto, como que para mostrar que a TAM exagerou. Disse até que no avião houve uma "minimarcha" da maconha. Disse que ouviu-se, aos risos, frases como "Toma uma atitude aí, tchê!" e uma outra, mais emblemática: "Mas é só um 'baseadinho!'"
Esse estilo de leniência do brasileiro com o que é certo e errado é nosso carma. Querem liberar? OK. Quer fumar, problema seu. Mas, enquanto não se libera, é ERRADO e o problema não era nem ser maconha: o problema foi acender um cigarro em um avião lotado, que dispõe de meios para detectar fumo à bordo. Maconha então, com o característico cheiro, é mais fácil de ser notada e combatida por uma tripulação profissional como a da TAM.
A questão foi o risco aos passageiros pela irresponsabilidade de um garoto de 19 anos, que colocou todos em risco. Mas, para mim, ainda mais grave foi a atitude da sua mãe, mesmo ele estando errado. Não parece que os Pais sejam mais capazes de fazer o "mea culpa" por aqui. Como sempre digo, só temos Direitos no Brasil!
Matéria da Folha de São Paulo completa abaixo:
"Senhores passageiros, pedimos a todos que permaneçam sentados após o pouso. Teremos um procedimento de segurança." A frase, ouvida na manhã de sexta-feira (7) pelo sistema de som do voo JJ 3297, da TAM, mal anunciava o cenário que estava por vir. Eram 7h32 quando o avião, vindo de Porto Alegre, pousara em Guarulhos. Passaram cinco minutos. Dez. Vinte... De repente, o comandante: "A Polícia Federal virá em poucos minutos. Um passageiro será detido por fato ocorrido com uma comissária."
Assédio? Abuso? Das últimas fileiras, perto de onde estava a reportagem da Folha, veio a resposta: uma comissária encontrara maconha no banheiro da aeronave e apontara um passageiro de 19 anos como o suposto "dono". Foi o pontapé para que o movimento do "quero sair" virasse uma "minimarcha" da maconha à bordo. "Toma uma atitude aí, tchê!", gritava um passageiro idoso, não sem um colega deixar de emendar, aos risos: "Mas é só um 'baseadinho!'" De repente, um famoso "maconha é remédio!" vindo do escritor e apresentador Eduardo Bueno, o Peninha. "Tem que prender quem não fuma!", gritou, na tentativa de "liberar" se não a legalização, pelo menos os passageiros.
Antes que a polícia viesse, o relógio já contava 8h55 -uma hora e 20 minutos trancados no "voo do baseado". Foi aí que um grupo de passageiros quis sair. "A escada está aqui, vamos abrir a porta e sair!" Os comissários tentavam bloquear a saída. Minutos depois, chegava a PF. Com a espera total de uma hora e 50 minutos (mais do que o tempo de voo) ao menos 90 passageiros perderam conexões, segundo funcionários. O suspeito, que iria (e ainda vai) passar férias em Alagoas, foi conduzido pela PF. Ouvido, negou tudo.
Segundo a PF, a comissária relatou que havia 18 "baseados" em um maço de cigarros. A polícia não informou a quantia (a bordo, o zum-zum-zum dava conta que era menos e foi parar na privada). Ao final da confusão, o jovem assinou um termo circunstanciado e foi liberado. "É fácil acusar. Ele tem 19 anos. Queria saber se eu que tivesse ido ao banheiro, se ela ia me acusar", defendeu a mãe, que pediu anonimato. "Ele colocou a vida de todo mundo em risco", justificou um funcionário da TAM, sobre o risco de incêndio para quem fuma dentro do avião. Com a demora para a chegada da PF, que alegou estar atribulada com a demanda pela manhã, quem acabou "preso" foram outros passageiros."Vou perder 12 horas nessa brincadeira. Me ferrei por meio baseado que eu nem vi", disse a estudante Anelise Wätcher, 20, que perdeu um voo para Lima, e ainda esperava por outro na noite de sexta.
Em nota, a TAM diz que o atraso ocorreu devido ao "passageiro indisciplinado" -nome técnico dado a passageiros que descumprem regras-, diz que seguiu as normas e que "prestou a assistência" aos que perderam conexões".
Sérgio
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