Banda de rock alagoana lança álbum de metal extremo em pen drive. Boa sorte para eles, boa iniciativa! Matéria G1:
Na estrada há 25 anos, e reunindo um fiel grupo de fãs dentro e fora do país, a banda alagoana Morcegos, conhecida por seu estilo metal extremo – uma vertente mais pesada do hardcore – resolveu inovar no lançamento de seu trabalho mais recente, o 178º da carreira. Eles lançaram o álbum “Faces Behind What's Come” em um pen drive, contendo mais de 100 músicas e outras surpresas para seus seguidores. Algo até então inédito no ramo fonográfico alagoano. O vocalista e fundador da banda, Frankstone Dantas, 42, contou à reportagem do G1 que o pen drive foi a maneira encontrada para entregar algo novo para seus fãs. “Estamos apostando no pen drive, pois ele é pequeno, barato, pode ser carregado para todo lugar e tem espaço para muita coisa”, relata. O dispositivo, que custa R$ 20 e está sendo vendido por encomenda, vem com 14 álbuns e diversos outros itens, alguns deles raros, como algumas demo tapes dos anos 1990. Antes do pen drive, a banda disponibilizava algumas músicas gratuitamente em seu site oficial. Quem se interessasse poderia entrar em contato com eles e pedir o álbum completo, também por correspondência. A ideia foi muito bem recebida pelo público, mas a banda ainda não sabe se a próxima coletânea será disponibilizada no mesmo formato. “Estamos pensando no que fazer em seguida, mas sei que continuaremos investindo no que for mais prático para nossos fãs. O pen drive, por exemplo, você pode acoplá-lo a muitos aparelhos, como aquelas caixinhas de som que as pessoas carregam consigo. O fácil acesso às nossas músicas facilita a divulgação”, conta o vocalista Frankstone.
Reconhecimento
O trio, também formado por Marllus Siqueira, 34, e Roberdan Araújo, 27, recém-chegado ao grupo, surgiu nos anos 80, e desde então já lançou mais de 1.000 músicas, segundo seu líder. Durante o carnaval deste ano, eles fizeram uma turnê por três países da América do Sul. Sempre com casa cheia, já tocaram em pelo menos 80 cidades do Brasil e emplacaram músicas na trilha sonora de quatro filmes nacionais. Números que são impressionantes para uma banda pouco conhecida dentro de Maceió. Frankstone lamenta este fato. “Nós até somos conhecidos em Maceió, mas não tanto como gostaríamos. O público local não dá tanta importância ao nosso som. Somos mais bem aceitos lá fora. Não sei por que motivo isso acontece”, diz. Para efeito de comparação, ele conta que em 1995 a banda foi convidada para fazer um show em Santarém do Pará, no meio da Amazônia, onde mais de 1.000 pagantes compareceram. “Aqui em Maceió, conseguimos, no máximo, marcar cerca de três shows por ano. No resto do país, e fora dele, os números são bem melhores”. A principal forma de divulgação ainda é o boca a boca, e parece que nenhum dos três integrantes acha isso ruim. “Gostamos disso, pois creio que se entrássemos no gosto popular, assim como os outros estilos, perderíamos nossa essência”, defende o vocalista.
Origem e futuro
Frankstone explica que já toca desde os oito anos de idade. Na época, ele e os amigos faziam música tocando em latas e outros objetos. A inspiração para o nome da banda veio nessa época. “Eu estava na porta de casa um certo dia, quando vi vários morcegos sobrevoando a área. Achei aquilo muito bonito e pensei, 'eu gosto de morcegos. Acho que isso daria um bom nome para uma banda'. Daí apresentei a ideia para meus amigos e desde então nos chamamos assim”, conta. Já se passaram 25 anos desde a primeira apresentação dos Morcegos, e parece que eles não querem parar tão cedo. “Temos todo esse tempo e nunca paramos. Sempre com o mesmo estilo. E é isso que queremos fazer pelos próximos 25 anos”.
Sérgio
Nenhum comentário:
Postar um comentário