Gente sem cidadania... Polícia divulga trote que custou mais de R$ 20 mil aos cofres públicos. Homem chora várias vezes durante a ligação na qual reporta falso 'acidente' que mobilizou 10 equipes de resgate e até um helicóptero Águia. Isso pode custar a vida de alguém. Pena que são pequenas as chances da Polícia achar esta pessoa. Deveria ter uma punição exemplar! Matéria G1:
A polícia divulgou a gravação do trote que custou mais de R$ 20 mil aos cofres públicos na última segunda-feira (29) no noroeste paulista (ouça ou lado). O trote mobilizou mais de 10 equipes do Corpo de Bombeiros e das polícias rodoviárias Federal e Estadual. Na gravação, o homem que dá o trote começa perguntando para a policial se ela pode ajudá-lo. Logo em seguida, ele começa a chorar. Sem entender o que está acontecendo, a policial insiste e pergunta o que ocorreu, quando o homem diz “o pneu do carro estourou, eu perdi o controle do carro e o carro desceu”. Ele afirma que o acidente aconteceu na BR-153, entre Nova Granada (SP) e Onda Verde (SP), e que os bombeiros já estavam a caminho do local do suposto acidente.
O homem também diz que a mulher dele estava no carro, que teria caído em um barranco de 100 metros. Em vários trechos da gravação, o homem começa a chorar e a policial que atende a ocorrência tenta acalmá-lo, dizendo para ele manter a calma. A policial, então, tenta fazer lembrá-lo do local exato do acidente e pergunta com que carro estava. Como a falsa vítima do acidente não sabia informar com precisão o local do acidente, as equipes de resgate fizeram uma varredura por todo o trajeto, em mais de 60 quilômetros. Até o helicóptero Águia foi chamado para ajudar na “busca”. Ele voou até a divisa com Minas Gerais. A suposta vítima diz que ainda estava no local do acidente, que tentava subir o barranco, que era muito íngreme. A policial então pergunta se ele está muito machucado, e ele diz “estou um pouco machucado, mas está tudo bem.”
Entenda o caso
O trote foi feito nesta segunda-feira (29) e mobilizou as equipes por mais de duas horas. Por telefone, o homem contou aos bombeiros que o carro onde ele estava com a família tinha caído em uma ribanceira da BR-153. Foram gastos na operação ao menos R$ 20 mil. Todos esses recursos foram viabilizados com o dinheiro público. Na tentativa de resgate foram mobilizados 35 homens, 12 viaturas sendo elas duas viaturas da Polícia Rodoviária Federal (PRF), quatro viaturas do Corpo de Bombeiros, quatro viaturas da Transbrasiliana, empresa responsável pelo trecho, uma da Polícia Ambiental e o helicóptero Águia da Polícia Militar do Estado de São Paulo. O homem também ligou para o Corpo de Bombeiros e durante as ligações, o soldado pergunta se o homem, que se diz chamar "Paulo", está ouvindo a sirene e ele diz que não. Ele então é questionado sobre o RG e diz que não se lembra. Ao ser perguntado sobre o telefone de casa, diz que não tem. Após isso, o policial pede para que ele repita as características no veículo.
Ao ser perguntado sobre o endereço, o homem informa que está com a cabeça doendo e não consegue passar as informações pedidas e que está ferido nas pernas, braços e costela. “A gente entrava em contato com ele para pegar mais informações, aí o bombeiro que estava no 193 verificou barulho de cachorro latindo ao fundo e achou estranho. A ligação caiu e ligamos 10 minutos depois para conseguir falar com ele e atendeu uma criança, que falou que o pai estava dormindo, foi aí que constatamos o trote. Depois o Copom disse que o número que ele estava ligando tinha efetuado alguns trotes na semana passada ao 190”, afirma o tenente dos bombeiros Orival Santana Júnior.
A falsa comunicação é caracterizada crime, prejudica o atendimento à comunidade, causa transtornos e prejuízo à iniciativa pública e privada. As polícias estão empenhadas em encontrar o homem, para que ele possa dar explicações sobre o que teria acontecido. Um boletim de ocorrência foi aberto para que as investigações pudessem ser iniciadas. Se encontrado, ele poderá responder por falso alarme, que configura contravenção penal. A pena para o crime é de um a seis meses de prisão.
Sérgio
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